A prisão de 34 pessoas envolvidas na fraude bilionária que lesou os cofres do DFtrans, nesta quinta-feira (15/3), trouxe à tona um esquema criminoso aparentemente impossível. De acordo com as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), um mesmo cartão de vale-transporte chegou a ser utilizado 60 vezes, em apenas uma linha, em oito segundos.
Conforme ressaltou o delegado-chefe da Coordenação de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraudes (Corf), Wislley Salomão, o sistema do DFTrans tinha algumas inconsistências que possibilitaram as fraudes, que incluíam também o passe livre. “Era uma maquininha de dinheiro para todo mundo. Passava o cartão no validador sem sair da garagem”, explicou.
O grupo, supostamente chefiado pelo auditor da Secretaria de Mobilidade Pedro Jorge Brasil, preso pela segunda vez, teria desviado mais de R$ 1 bilhão do sistema de bilhetagem. Boa parte do dinheiro, acreditam os investigadores, foi aplicada no mercado imobiliário.
Metrópoles