Legado de pai para filho; Dr. João Bosco Carneiro, uma bandeira inesquecível

Escrito pelo JORNALISTA JOSÉ GILDO DE ARAÚJO

O dia 19 de novembro era uma data marcante na história do Brasil, pois era comemorado o Dia Nacional da Bandeira, inclusive, já chegou a ser feriado em todo o Brasil. Mas como dizem: “O povo brasileiro tem memória curta”.

Todavia, por coincidência do destino, nascia nessa mesma data uma das maiores bandeiras de luta, de dignidade e de respeito ao próximo que Alagoa Grande jamais esquecerá: Dr. João Bosco Carneiro. Dr. João Bosco foi um homem probo, intelectual, um dos mais atuantes Promotor de Justiça que esse estado conheceu; destacou-se por defender as pessoas pobres e humildes; gostava de desafios contra os poderosos da época, os chamados “usineiros”. Pois enquanto estes tiravam os direitos dos trabalhadores, tempo em que o trabalhador era perseguido e escravizado (período da “Liga Camponesa”), ele ali estava ao lado dos mais sofridos, procurando defendê-los para que seus direitos fossem preservados.

Foi uma época social muito ardorosa, pois, poucas eram as autoridades que tinham a coragem de enfrentar a classe burguesa, já que ela tinha todo apoio do governo ditadorial. O proletariado vivia quase à margem da sociedade, pois era submetido a trabalhos próximo a escravidão, e mais, Alagoa Grande tornou-se berço do “Grupo da Várzea”, grupo de grandes proprietários, principalmente da monocultura da cana-de-açucar, já que era difícil se plantar outra cultura.

Daí começou-se a se ver uma romaria de pessoas à procura de justiça, e encontrava em Dr. Bosco o conforto e a esperança de ver seus casos solucionados. Com isso, ganhou notoriedade pública. Foi quando em seguida casou-se com Dona Iêda Carneiro, filha de José Ferreira de Paiva, prefeito de Alagoa Grande. Depois, caiu na graça do povo! Entrou na política sempre com olhares para o bem comum da coletividade e conquistou a primeira vitória como prefeito, chegando a ser prefeito do Município por três vezes, Deputado Estadual e Procurador Geral da Justiça do Estado, tornou-se conhecido como “o pai da pobreza”, pois como diz o cantor Parrá em uma de suas músicas políticas “A casa dele até parece um formigueiro, o dia inteiro gente entra, gente sai”, veja que até na melodia da música, pobre é tratado como gente, numa referência as pessoas que frequentavam sua casa.

Com uma visão sempre voltada para o futuro, construiu uma das mais bela prefeituras do Estado, várias escolas na zona Urbana e Rural. Conseguiu trazer na década de 90 uma adutora cuja a captação de água é oriunda da cachoeira do Quinze, que até hoje, tem sido de extrema importância para Alagoa Grande, pois se não existisse esse benefício o Município já não tinha sequer um pingo d’água nas torneiras, já que o manancial de Serra Grande está praticamente vazio. Essa foi uma das maiores benfeitorias realizadas por Dr. Bosco ao povo alagoagrandense, embora, naquele tempo, alguns de seus adversários políticos denegriram a imagem do prefeito, batendo latas, usando carros de som nas ruas, gritando palavras de ordem numa tentativa de desestabilizar o governo, alguns que, hoje, se veste de Carneiro dizendo-se lideranças do grupo para galgar o poder, mas Dr. João Bosco Carneiro, com a sua altivez, juntamente com o governador José Maranhão trouxe o benefício para o povo alagoagrandense.

Outra obra importante trazida por Dr. Bosco para nossa terra foi a construção do Fórum da cidade, presenciei “in loco”, na qualidade de assessor,  quando Dr. Bosco foi recebido pela cúpla do Tribunal de Justiça, e lá ouvimos o Excelentíssimo Presidente daquela Corte, o pombalense Rafael Carneiro Arnald dizer: “Poderia muito bem, na qualidade de Presidente do Tribunal de Justiça, liberar primeiro a construção do Fórum de Pombal, minha terra, mais em respeito a Vossa Excelência, Bosco, por tudo que você (intimidade) representa para o Judiciário paraibano e para a Política, resolvemos contemplar primeiro Alagoa Grande, em gratidão por tudo que já fez pelo Poder Judiciário paraibano”.

São pessoas como essas que não podemos esquecer jamais, altivo, líder, que respeitava e era respeitado, não pelos algozes que tinham inveja do que ele fazia, mas por homens e mulheres de bem que o admiravam pela sua conduta ilibada, moralista, que amava sua família, e que confessava-me gostar demasiadamente do cunhado, o qual tinha como um conselheiro, pessoa da sua estima confiança, Walter Ferreira.

Para finalizar, era um homem que quando saía de sua casa para caminhar, possuía um sentimento nobre, que lhe era peculiar, distribuía, sempre algumas moedas para aquelas crianças e mães de família que já o esperavam para comprar o leite e o pão. Ele tinha uma frase memorável que sempre dizia: “O pobre cheira”.

Com esse legado deixado pelo “Amigo de fé e irmão camarada”, fica a reflexão para o deputado João Bosco Carneiro Júnior, que juntamente com o grupo saibam escolher um candidato que esteja, pelo menos próximo ao legado deixado pelo seu inesquecível pai.

 

É preciso se ter um candidato que esteja à altura do povo alagoagrandense, pois essa história de honradez, de amor pelas famílias e pelo povo em geral que o “amigo velho” deixou, tem que continuar. E nesse momento, a opinião popular está deixando claro que a pessoa para dar continuidade a este legado é a eterna esposa do grande João Bosco Carneiro, Dona Iêda Carneiro. São apenas alguns fatos para lembrar da passagem desse grande líder, entre nós. Saudades eternas do nosso líder, Dr. João Bosco Carneiro (in memoriam).

 

cidadania alagoagrandense – blogger(imagem)

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