MP encontra frios, bolinhos de bacalhau e camarões na cela do ex-governador Sérgio Cabral

queijos, frios,  acondicionados em tonéis usados como uma espécie de caixas térmicas.

 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), apresentou, na noite de sexta-feira (24/11), material apreendido em vistoria na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. A maior parte dos produtos foi encontrada na galeria C, onde estão presos o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, o empresário Jacob Barata Filho e outros integrantes da organização criminosa da qual participam.

O material foi apresentado no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), na Cidade da Polícia. Foram responsáveis pela apresentação os promotores de Justiça Andréa Amin, coordenadora do GAESP/MPRJ; Elisa Fraga, coordenadora da CSI/MPRJ; Paulo Roberto Mello Cunha e Gabriella de Aguillar Lima, também integrantes do GAESP/MPRJ.

Depois de passarem pela descrição do ICCE, os produtos serão encaminhados à CSI/MPRJ para serem destinados a doação. Durante a vistoria foram encontradas nas celas, divididas em porções iguais, comidas quentes como risoto, bacalhau e frango desfiado com temperos. Para o MPRJ, ficou evidenciado que esses produtos foram fornecidos por restaurantes. Também foram vistos ingredientes sofisticados, alimentos importados, iogurtes, especiarias, queijos, castanhas, frios diversos, cafeteira, bolinhos de bacalhau, camarões, eletrônicos e outras mercadorias não permitidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). Ainda foi apreendido dinheiro em quantias superiores à permitida.

Em menor quantidade, foram apreendidos produtos na ala feminina, onde encontram-se presas a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, e a ex-governadora Rosinha Garotinho. Além de adotar as medidas cabíveis contra as autoridades e servidores da SEAP que permitiram a entrada dos produtos, o MPRJ comunicará os fatos à 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e à Justiça Eleitoral de Campos.

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