MPPB acusa e Tribunal do Júri condena acusados de duas chacinas no Sertão da PB

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) atuou em dois júris de repercussão, que resultaram na condenação de três réus. Em um dos casos, foram condenados dois acusados de uma chacina que vitimou cinco pessoas, em São Bento. O outro júri foi de uma caso que ficou conhecido como a ‘chacina de Ibiara’. Os julgamentos ocorreram, na semana passada, em Campina Grande, Agreste paraibano, e em Conceição, no Sertão. O primeiro contou com a participação do promotor de Justiça, Márcio Gondim, e, no segundo, a acusação foi feita pelo promotor Lean Matheus Xerez.

O primeiro júri aconteceu na quinta-feira (30), no 2º Tribunal do Júri de Campina Grande. Francisco Raimundo dos Santos (Chicão) e José Raimundo dos Santos Filho foram condenados a 127 anos e seis meses de reclusão. Eles foram acusados de matar cinco pessoas, sendo três da mesma família, em 2003, na cidade de São Bento. O júri foi realizado em Campina, em consequência do desaforamento deferido pelo Tribunal de Justiça.

O juiz Horácio Ferreira de Melo Júnior presidiu os trabalhos e a acusação ficou por conta do promotor Márcio Gondim. “A justiça foi feita com a condenação dos acusados, que mataram pessoas sem piedade, pelo simples fato de serem parentes do desafeto dos réus”, afirmou o membro do Ministério Público, que, somente este ano, atuou em 37 júris, sendo a maioria (35) em Campina Grande e dois em Santa Rita.

A chacina de Ibiara

No dia seguinte (sexta-feira, 31), no Fórum de Justiça de Conceição, foi realizado o júri popular do réu da ‘chacina de Ibiara’. O promotor Lean Xerez atuou na acusação do réu Marcondes Xavier de Oliveira, acusado da morte de Sebastião Ferreira de Lima e Ronaldo Ferreira de Lima, pai e filho, e de uma lesão corporal contra Francisca Alves de Lima, esposa e mãe das vítimas fatais. O réu é acusado de três mortes (pai e dois filhos), mas uma delas não foi julgada, porque segundo o promotor foi impronunciada. O crime ocorreu no ano de 2000, no município de Ibiara e o réu foi condenado a 32 anos de prisão.

O júri foi presidido pelo juiz Antônio Eugênio Leite Ferreira e, de acordo com o promotor de Justiça responsável pela acusação, a condenação foi nos termos do sustentado pelo Ministério Público. Lean Xerez atua no júri há dez anos (sendo esta a primeira vez em Conceição) e ressaltou que todas as decisões proferidas foram conforme solicitado pelo MP.

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