OPERAÇÃO LAVA-JATO: Janot pede prisão de Joesley, Saud e ex-procurador Miller

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para prender o empresário e dono do grupo J&F, Joesley Batista, na noite desta sexta-feira (8/9). Caberá ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, analisar o documento.

Janot também pediu a prisão do diretor do J&F Ricardo Saud e do ex-procurador da República Marcello Miller. Em conversa entregue pela própria defesa da JBS, Saud e Joesley conversam sobre a suposta interferência de Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada.

O ex-procurador ainda fazia parte do Ministério Público quando começou a conversar com os executivos, no final de fevereiro. Ele foi exonerado da instituição em abril.

Na segunda-feira, Janot abriu um procedimento de revisão do acordo de delação dos empresários. Agora, pediu a revogação do benefício de imunidade penal concedido aos delatores e a detenção do grupo.

A prisão preventiva já vinha sendo analisada por Janot nos últimos dias. Na quinta (7), os executivos prestaram esclarecimentos à PGR, mas não convenceram. A avaliação na instituição é de que o discurso era somente para manter a validade do acordo, mas os fatos narrados foram graves.

No caso de Miller, auxiliares de Janot avaliam que ele atuou junto à JBS com informações privilegiadas por ter integrado a equipe da PGR e pode ter incorrido nos crimes de obstrução de Justiça e exploração de prestígio.

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