Em mais um episódio da crise interna do PSL, o partido decidiu expulsar a deputada Bia Kicis (DF) da sigla nesta quinta-feira (12). A parlamentar é defensora do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e está no grupo contrário ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE). A informação foi confirmada pela ex-procuradora em uma live no Twitter.
De acordo com a deputada, ela não foi notificada pelo partido e soube da expulsão por jornalistas. “Não estou sabendo de nada disso, mas parece que o Bivar andou falando que eu cometi atos terríveis contra o partido”, afirmou.
Segundo ela, “nada disso aconteceu”. “Como parlamentar do PSL, vocês nunca me viram falar mal do partido PSL. Eu apontei sim algumas ilegalidades que estavam sendo feitas, inclusive entrei com uma ação. Agora se você entrar com uma ação para exigir direito é motivo de expulsão, isso aqui não é mais democracia, é ditadura”, disse.
Kicis foi eleita pelo PRP, sigla que não conseguiu os votos necessários para ultrapassar a cláusula de barreira. No começo do ano, a deputada mudou de legenda, indo para o PSL, filiação pelo qual o militar foi eleito em 2018.
Na live, a ex-procuradora afirmou que a expulsão pode ter sido motivada pela briga pela liderança do partido na Câmara, atualmente nas mãos de Joice Hasselmann (SP). “Nós estamos chegando muito próximo do número necessário para que a gente possa tirar a Joice da liderança, já que ela só entrou na liderança porque eles conseguiram suspender 14 parlamentares”, explicou.
O cargo de líder da Câmara está no centro da briga interna do PSL. Ocupado inicialmente por delegado Waldir (GO), aliado de Bivar, o posto passou para as mãos de Eduardo Bolsonaro (SP), após uma sequência de listas protocoladas na Câmara. Com a suspensão de 14 deputados, o grupo bivarista retomou a posição, agora comandada pela ex-líder do governo. A suspensão, no entanto, foi suspensa nesta quarta-feira (11) pela justiça.