O presidente Jair Bolsonaro sugeriu que pode vetar o fundo eleitoral aprovado pelo Congresso Nacional nessa terça-feira (17), mesmo depois de os parlamentares terem desistido da ideia de inflar o fundão para R$ 3,8 bilhões e deixar o fundo de financiamento das campanhas com R$ 2 milhões. Ele explicou que não irá apoiar quem “quer fazer material caro”.
A discussão do fundo eleitoral aconteceu junto com a Lei de Proposta Orçamentária (LOA), que define as diretrizes orçamentárias do governo para o próximo ano, e provocou um atrito entre o governo e o Legislativo nas últimas semanas. Afinal, um grupo de partidos tentou ampliar o fundão para R$ 3,8 bilhões, mas voltou atrás depois que Bolsonaro disse que poderia vetar o aumento e deixou o fundo de financiamento de campanhas em R$ 2 bilhões, como havia sugerido o governo.
Ao ser questionado sobre o resultado dessa negociação, contudo, Bolsonaro indicou que o fundão ainda estava elevado, mesmo seguindo a proposta do governo. “O PT vai ganhar R$ 200 milhões para fazer campanha no ano que vem. Aquele pessoal do PSL lá, que mudou de lado, também vai pegar R$ 200 milhões. Se quer fazer material de campanha caro, não vou ajudar esse cara, pronto”, reclamou nesta quarta-feira (18).
O presidente falou sobre o assunto na frente do Palácio da Alvorada, enquanto cumprimentava seus apoiadores. Por isso, acabou jogando a bola para os eleitores: “Vocês acham que tem de vetar ou sancionar os R$ 2 bilhões do fundo partidário?”, questionou o presidente, que, segundo a Folha de São Paulo, recebeu como resposta que deve vetar a medida.