O ex-servidor público acusado de assassinar o próprio filho se matou enforcado, neste sábado (11/04), em uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda. Paulo Roberto de Caldas Osório , 45 anos, chocou a cidade após confessar ter tirado a vida do pequeno Bernardo, de apenas 1 ano e 11 meses. O crime ocorreu em novembro do ano passado.
De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), o detido se aproveitou da troca de turnos entre policiais penais para tirar as calças, fazer um nó e se enforcar em uma barra no teto da unidade. Paulo estava detido em uma cela do Presídio do DF I (PDFI).
Mesmo com as tentativas de reanimação por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele não resistiu e morreu no local.
Em função da barbariedade do crime, o ex-servidor público ficava em uma cela individual, na mesma ala onde estão os hackers detidos na Operação Spoofing. A medida foi tomada para que Paulo não fosse linchado pelos outros presos.
Caso Bernardo
Paulo Roberto de Caldas Osório, pai de Bernardo, sequestrou o filho no dia 29 de novembro. O homem buscou a criança em uma cheche, na 906 Sul. No carro, Paulo dopou a criança com uma medicação para insônia de uso restrito, utilizada pelo assassino por meio de receita médica.
Na casa do pai, na 712 sul, Bernardo passou mal em alguns momentos. Após dar banho na criança, Paulo então o colocou na cadeirinha de segurança do carro e seguiu para a Bahia. Segundo o assassino, Bernardo foi colocado no carro dormindo. A ideia era dar um “susto” na mãe.
No caminho da BR-020, o assassino parou para abastecer e percebeu que a criança já estava morta. Paulo seguiu viagem e na divisa entre Goiás e A Bahia, abandonou o corpo do filho e a cadeirinha.
Na sexta-feira (1), um morador do povoado de Campos de São João (BA) entrou em contato com as autoridades, informando que havia encontrado um corpo com as mesmas características de Bernardo, e a cadeirinha de segurança.
O delegado Leandro Ritt, acompanhado de três policiais e da avó do menino, Juciane Nascimento, viajaram em uma aeronave da Polícia Civil do DF. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da Bahia.
Em estado de decomposição avançado, a identificação do corpo só foi possível através de exames de DNA, embora um colar de âmbar e a cadeirinha indicarem que o cadáver era de Bernardo.
Jornal de Brasilia/ Metrópoles