Duas semanas depois de mais de 350 pessoas mortas durante um bombardeio, no pior ataque do país, um novo ataque acontece Mogadíscio, capital da Somália, um carro-bomba explodiu próximo a um hotel, neste sábado (28), matando pelo menos 18 pessoas e ferindo mais de 30, disse a polícia à agência Associated Press. Um tiroteio entre forças de segurança e membros de uma milícia terrorista começou pouco depois no mesmo local.
Segundo o capitão Mohamed Hussein, diz a AP, o tiroteio foi ouvido dentro do hotel Nasa-Hablod, que está a cerca de 600 metros de distânica do palácio presidencial e é frequentado por políticos e outros membros da elite de Mogadíscio.
Hussein informou ainda que um policial e um deputado estão entre os mortos. Ali Nur, um agente ouvido pela Reuters, afirma que a maior parte das vítimas são policiais.
Uma segunda explosão foi ouvida na área minutos mais tarde. Não há informações sobre se esta também deixou mortos e feridos.
O grupo Al-Shabab, organização extremista ligada à Al-Qaeda, reivindicou a autoria da explosão, informa a AP. O grupo também age com dentro do hotel, de onde um tiroteio foi deflagrado e, segundo, agências de notícias, ainda está em curso. De acordo com a polícia somali, cerca de 20 civis ainda se encontram no local.
Guerras constantes
A Somália é um dos países que mais registram ataques terroristas no mundo.
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Isso deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.
A última eleição realmente democrática na Somália aconteceu em 1969.
Além dos ataques terroristas, os jihadistas também impedem o acesso de grupos humanitários, o que agrava a fome no país, atingido ainda por uma forte seca.
g1.com/ : AP Photo/Farah Abdi Warsameh