O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu entrar em campo para tentar apaziguar os ânimos entre governadores estaduais e o Governo Federal para tentar resolver a maior crise sanitária registrada na história do país que acontece na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Lira, através de uma reunião híbrida (remota e presencial) com o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), e com os demais gestores estaduais, pediu paz e disse que não seria momento para apontar “dedos uns contra os outros”.
“É hora de nós todos nos unirmos para apontarmos a única coisa que importa, na única direção que importa: seringas, vacinas na direção dos braços dos brasileiros”, disse, em discurso distribuído à imprensa.
De acordo com a matéria originalmente publicada pela Folha, Arthur ainda pediu ajuda aos governadores para mobilizar suas bancadas e ampliar esse montante com emendas.
No discurso distribuído, Lira anuncia a criação de um fundo emergencial de combate à pandemia que seria uma “megarrubrica” orçamentária com a soma de todos os recursos relacionados à crise sanitária.
“É o somatório de todas as despesas orçamentárias diluídas, que ficarão agora totalizadas numa contabilidade única, permitindo sabermos todas as despesas para o enfrentamento à Covid no Orçamento Geral da União”, disse.
Segundo Lira, o fundo não extrapola o teto de gastos e reuniria, por exemplo, os valores destinados ao pagamento das próximas parcelas do auxílio emergencial, em números estimados.
“O Brasil já tem problemas demais. E a política não pode ser mais um deles. A política tem de ser parte da solução”, afirmou.
O aceno ocorre em meio a atritos entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores por causa da adoção de medidas restritivas quando o Brasil enfrenta o seu pior momento na pandemia.
O governadores criticam campanha de Bolsonaro contra medidas restritivas e falam em insensatez e negacionismo.