O ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues se tornou réu da Operação Calvário, nesta terça-feira (6), após o juiz Alexandre José Gonçalves Trineto aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o ex-gestor. Além dele, também se tornaram réus na mesma denúncia Jovino Machado da Nóbrega Neto, Saulo Ferreira Fernandes e Daniel Gomes.
A denúncia aponta um suposto pagamento de R$ 150 mil, feito pelo delator Daniel Gomes, para custear a campanha para eleição do então candidato à Prefeitura de Campina Grande, em 2012.
De acordo com o Ministério Público, Daniel Gomes “almejava (como contrapartida) expandir sua atuação, por meio do ecossistema de empresas manietadas pela joint venture criminosa, o que torna inequívoca a estratégia do grupo: fazer refém as estruturas de Poder e de lá fazer jorrar recursos ou criar ambiente para a defesa de suas causas pessoais e coorporativas.”
O MPPB também destacou que os recursos foram pagos com a garantia de que as organizações sociais comandadas por Daniel Gomes assumiriam a gestão na Maternidade Elpídio de Almeida, caso Romero fosse eleito.
O magistrado determinou a citação imediata dos acusados para que apresentem defesa preliminar em até dez dias.
Em resposta, o ex-prefeito de Campina Grande, negou, as denúncias feitas contra ele sobre suposto recebimento de propina, como foi relatado durante delação do empresário Daniel Gomes no âmbito da Operação Calvário.
Romero disse que até o presente momento não foi ouvido em nada no processo e que só teve conhecimento dos fatos através da imprensa. “Não pedi, não recebi, e principalmente, do ponto de vista técnico, não houve contratação de nenhuma organização social nos oito anos do meu governo em Campina Grande”, destacou.
Romero Rodrigues disse ainda que quando for notificado terá acesso ao processo e prestará os devidos esclarecimentos à Justiça. Ele garantiu estar com a consciência tranquila e vai aguardar o momento de provar sua inocência no processo.