O ex-número um do mundo Roger Federer, que deseja disputar o 21º título de Grand Slam em Wimbledon, se retirou de Roland Garros neste domingo (6), um dia após vencer uma dura partida válida pela terceira rodada do torneio, optando por se preservar para a temporada na grama.
“Após discussões com a minha equipe, decidi que deveria me retirar do Aberto da França hoje”, disse Federer em uma nota publicada pela Federação Francesa de Tênis.
“Após duas cirurgias no joelho e mais de um ano em recuperação, é importante escutar o meu corpo e não correr de volta para a competição”, acrescentou o suíço de 39 anos.
Federer, que pouco jogou nos últimos 17 meses por conta de uma lesão no joelho, sofreu fisicamente no quarto set da vitória sobre o alemão Dominik Koepfer no último sábado (5), e decidiu encerrar sua campanha em Roland Garros antes do que seria uma competitiva partida contra o italiano Matteo Berrettini.
O tenista disse na partida de sábado que estava ponderando se participaria da segunda semana do torneio de Grand Slam na quadra de saibro, já que seu objetivo na temporada era Wimbledon, o principal torneio na grama no dia 28 de junho.
“Passamos por essas partidas, analisamos muito e olhamos o que há à frente, e faremos isso hoje e amanhã”, declarou.
“Porque tenho de decidir se continuo a jogar ou não, ou não é muito arriscado neste momento continuar a pressionar ou esta é apenas uma forma perfeita de apenas descansar”, afirmou.
O diretor do torneio, Guy Forget, disse: “O Aberto da França lamenta a retirada de Roger Federer do torneio, mas ele lutou muito na noite passada. Ficamos todos maravilhados por vê-lo de volta a Paris, onde jogou três partidas de alto nível. Desejamos-lhe as maiores felicidades para o resto da temporada”.
O sete vezes campeão do Grand Slam Mats Wilander disse que a decisão de Federer faz sentido, já que o oito vezes campeão de Wimbledon tem mais chances de sucesso na grama.
“Isso prova que é um projeto de longo prazo para ele voltar. Para mim, isso é uma boa notícia, pois mostra que ele vai ficar mais um pouco”, disse Wilander, um especialista em tênis da Eurosport.