Roberto Paulino ameaça sair do MDB caso legenda rompa com João Azevêdo

O atual secretário-chefe de Governo da Paraíba e vice-presidente estadual do MDB, Roberto Paulino afirmou, nesta terça-feira (27), que caso a legenda em algum momento rompa com o governador João Azevêdo (Cidadania) ele irá repensar sua permanência no partido.

A afirmativa foi feita após, na segunda-feira, (26), o presidente municipal da sigla, o vereador de João Pessoa Mikika Leitão, anunciar que o MDB pode lançar o senador Veneziano Vital como candidato ao governo do estado nas eleições de 2022, em detrimento a uma aliança que a sigla tem com o governo estadual.

“Uma coisa na minha vida que sei ser é grato e leal, e hoje nesse mundo atual é defeito, mas eu sou assim e quero morrer assim. Então João me convidou, e se amanhã o partido decidir que deve romper e tudo isso, eu vou até avaliar se devo sair ou não do MDB. Aí eu vou avaliar. Mas o MDB da Paraíba tem a cara de Roberto Paulino e nossos companheiros na base na sua maioria querem essa aliança e Vené sabe disso” declarou.

Paulino disse que foi pego de surpresa pela notícia, pois havia participado de uma reunião com várias lideranças do partido, na manhã da segunda-feira e o assunto não teria sido discutido.

O secretário chefe de Governo também rebateu um possível racha entre o MDB e a gestão, disse que irá procurar o vereador Mikika, e que irá falar também com Veneziano sobre o tema e buscar acima de tudo o entendimento entre as partes.

“Eu estive ontem na reunião do MDB, porque eu sou o vice-presidente [estadual] e fui convidado para essa reunião, e estive lá por um bom período, e tive que me ausentar porque eu fui representar o governador [João Azevêdo] e o Governo do Estado na solenidade de aniversário de morte de João Pessoa. E realmente, quando eu estava lá, não teve essa conversa. A conversa foi outra, tinha outros assuntos. Eu fui surpreendido depois com tudo isso”, declarou.

Para Paulino o causador de todo este impasse é o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB). De acordo com ele, Cássio vem buscando se pautar novamente na política, fazendo uso de estratégias e marketing para manter seu nome em destaque e sua posição valorizada, e afirmou: “O problema é Cássio. Cássio está procurando criar um impasse.”

“Veneziano é uma liderança boa, fortíssima na Paraíba, principalmente em Campina Grande. Tem que se respeitar, é um grande nome. Eu creio que isso aí é uma estratégia, é um marketing de Cássio Cunha Lima. Cassio é um cara inteligente, e está um pouco calado, até um pouco esquecido pelas lideranças do PSDB. Então como é que se pode falar numa aliança, excluindo o nome que tem voto em Campina Grande, que é o ex-prefeito Romero Rodrigues? Então ninguém quer Romero? Isso não vai existir. Cássio habilidoso e versátil que é, estava meio esquecido, o protagonista era Romero, e Cássio, que foi o idealizador de tudo isso, quis marcar território, dando a entender hoje que para Romero ser candidato, vai depender de Cássio, e é o contrário, Cássio que vai depender muito de Romero”, afirmou o emedebista.

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