O Site Metrópoles apurou junto ao Portal da Transparência e ao site da Dataprev que o ex-ministro dos governos petistas de Lula e Dilma recebeu cinco parcelas de R$ 600, entre julho e novembro do ano passado.
Os valores, no entanto, foram devolvidos à União. O Ministério da Cidadania abriu essa possibilidade para que brasileiros que identifiquem ter sido beneficiados de forma irregular devolvam, voluntariamente, o auxílio emergencial depositado.
O advogado Tracy Reinaldet, defensor de Palocci, afirmou que o cliente foi “alvo de uma fraude por um terceiro que se apropriou de seus dados”. Ao longo dos últimos meses, a Polícia Federal (PF) realizou uma série de operações para investigar suspeitos de fraudarem o benefício. Uma vez que os dados pessoais de Palocci, assim como de outras pessoas politicamente expostas, são facilmente encontrados na internet, isso se torna mais fácil ainda.
“Ele jamais recebeu auxílio emergencial e, tão logo soube da fraude, registrou a ocorrência perante a autoridade policial”, complementou. O boletim de ocorrência foi feito no fim da tarde desta quarta-feira (1º/9) junto à Polícia Civil de São Paulo (PCSP), após o Metrópoles entrar em contato com a defesa.
A extensão do auxílio foi negada, porém, pois o governo identificou que Palocci teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 e tinha posse ou propriedade de bens ou direitos de valor total superior a R$ 300 mil.