‘Fake news’, fé e política são temas na tribuna

 

Entendo a menos de um mês das eleições, o vereador Marcos Henriques (PT) levou à tribuna discursos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo disse, não seriam verdadeiros. “Acho que esse parlamento tem uma importância para a gente discutir a política que nos permeia. Estamos a 20 dias do processo eleitoral, e as mentiras tendem a crescer. Então, quero refletir e pensar sobre elas”, iniciou.

A primeira ideia rebatida pelo parlamentar foi a de que o candidato à Presidência do Brasil fecharia as igrejas evangélicas, caso chegasse ao poder. Em suas palavras, se trata de uma “narrativa maniqueísta”: “Lula defende a diversidade religiosa. Nosso país é laico. Lula sabe bem disso. Os evangélicos são respeitados no governo Lula. Esse maniqueísmo não faz bem. (…) É bom olhar quem defende a pátria, mas o governo anda privatizando e vendendo nosso patrimônio, ao mesmo tempo que bate continência para a bandeira americana”.

Outra polêmica abordada pelo vereador foi sobre a invasão de terrenos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Tem que ver o que é o MST. Ele tem universidades, tem toda uma estrutura em que 70% do que consumimos na nossa mesa vem da agricultura familiar. Defendo o agronegócio, mas também defendo que a agricultura familiar tem que ter sua vez no orçamento. (…) O agronegócio é importante para a economia, mas não deixa um grão aqui”, avaliou.

Os colegas parlamentares Milanez Neto e Rinaldo Maranhão parabenizaram Henriques pelo discurso. “Política e religião não devem ser utilizados como bandeira de defesa de tese. Não se pode brincar com o nome de Deus ou com a fé das pessoas. Esse extremismo precisa terminar, as pessoas precisam votar de acordo com o projeto [de cada candidato à Presidência]”, disse Milanez. Rinaldo ainda acrescentou que as pessoas precisam saber que o Brasil tem, sim, muita terra distribuída. A Paraíba, segundo afirmou, tem 14 mil famílias assentadas: “Terra, nós temos muita. O povo precisa de investimento de crédito, de água para abastecimento. (…) Antes de ocupar novas terras, precisa estruturar o campo. Precisamos rever a política da reforma agrária para que a gente possa levar estrutura para o povo trabalhar, produzir. Estão lá abandonando lote porque não tem água para beber. Antes de ocupar novas terras, é preciso pensar em estruturar o homem do campo, para que ele viva na terra que recebeu do governo com o dinheiro do contribuinte”.

O vereador Carlão contrapôs o discurso do colega Marcos Henriques. “Escuto a fala do vereador e lembro do tempo sombrio em que a esquerda tomava parte e o povo passava fome. Não tinha condições de sustentar família porque faltava emprego. E o governo Bolsonaro fez o emprego aumentar, dando dignidade. Só se consegue isso [dignidade] com emprego, e foi isso que o presidente Bolsonaro fez. Quando penso no tempo do MST que trancava ruas, Brs e não se podia sair de casa, as terras produtivas invadidas… Isso é um ato criminoso e precisa ser repudiado. Isso foi regulado com o poder de um presidente que respeita as liberdades”, comentou.

Marcos Henriques concluiu o pronunciamento explanando que o governo Bolsonaro, com uma política de favorecer milionários, é que tem feito com que o desemprego assole o país.

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