Nos últimos anos, a Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB PB) experimentou mudanças significativas nos processos internos de atendimento aos novos inscritos. Em um comparativo direto entre as gestões anteriores, especialmente na era Paulo Maia, e a atual presidência de Harrison Targino, observamos um cenário que, para muitos, passou de eficiente e acolhedor para excessivamente burocrático e demorado.
Sob a gestão de Paulo Maia, a abordagem da Ordem se mostrava ágil e prática, permitindo que questões urgentes fossem resolvidas rapidamente, sem barreiras formais que atrasassem a vida dos advogados. Um exemplo emblemático foi o de uma advogada que, durante a pandemia, precisou de sua inscrição de forma urgente para emitir o token digital e continuar seu trabalho. Ela conta:
“Era pandemia. Aí o escritório tinha deixado todo mundo em home office e eu tava precisando urgente da minha carteira para poder pegar o token. Aí falei com o Paulo e ele resolveu, tipo, no mesmo dia.”
Esse relato destaca a capacidade de Paulo em lidar diretamente com os advogados, proporcionando uma resposta rápida e eficaz, mesmo em um contexto tão delicado como o período pandêmico. O suporte imediato pelo direct do Instagram exemplifica uma política de proximidade com a classe, que buscava minimizar entraves e dar soluções práticas.
Por outro lado, com a mudança de gestão, o que era para ser um processo simplificado acabou se tornando, segundo advogados, uma “via crucis burocrática”. A promessa de “acolhimento” na administração de Harrison Targino, ainda que, em tese, bem-intencionada, parece ter ampliado o tempo e a complexidade para novas inscrições. Muitos profissionais relatam que o acolhimento, na prática, se traduz em formalidades adicionais que pouco contribuem para a experiência dos novos inscritos, estendendo prazos e gerando frustrações. Atendendo apenas o interesse do atual presidente em estender para fins eleitorais o processo de inscrição aos neófitos advogados.
Em tempos em que a celeridade e a agilidade são primordiais, especialmente no mundo jurídico, a postura da gestão de Paulo Maia é vista por muitos advogados como um modelo de eficiência e sensibilidade às demandas da classe. Fica a reflexão sobre a necessidade de rever processos para que a OAB PB continue sendo um órgão que facilita, e não complica, a jornada dos novos profissionais.
Por: Alanna Aléssia – Advogada. Professora universitária. Escritora. Mestre e Doutoranda em Direito Internacional (UERJ)