O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu aceitar a indicação do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, e deve nomear Frederico Siqueira Filho como novo ministro das Comunicações. Conhecido no setor como “Fred”, é engenheiro civil, nascido em Pernambuco e residente na Paraíba. Ele tem larga experiência na área de telecomunicações, com passagens por empresas como a Oi, e atualmente preside a Telebras.
A nomeação, que deve ser oficializada ainda nesta quinta-feira (24), preenche a vaga deixada por Juscelino Filho, após um impasse político envolvendo o União Brasil. O nome inicialmente cotado para o cargo, o deputado Pedro Lucas (MA), líder do partido na Câmara, recusou o convite, gerando mal-estar com o Palácio do Planalto e atrasando a definição por cerca de duas semanas.
Com a desistência de Pedro Lucas, a indicação de Frederico passou a ser tratada como uma escolha pessoal de Davi Alcolumbre — mesma articulação política que garantiu a nomeação de Juscelino Filho para a mesma pasta no início do governo Lula.
À frente da Telebras desde 2023, Frederico é reconhecido internamente por modernizar a atuação da estatal. Sob sua gestão, a empresa renovou o contrato com o Ministério das Comunicações para o programa Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão), essencial para a conectividade em áreas remotas.
Ele também foi responsável por firmar parcerias com empresas privadas de satélite, ampliando o alcance do sinal de internet em regiões isoladas e viabilizando a participação da Telebras no programa “Aprender Conectado”, que leva internet a escolas públicas.
No entanto, a estatal ainda não conseguiu assinar contrato com a entidade executora do programa, devido à resistência de operadoras móveis. Agora, no comando do ministério, Frederico deve ter mais força para destravar essas negociações.
Outro ponto importante de sua gestão foi o plano para que a Telebras deixe de ser uma empresa dependente do Orçamento da União até o fim de 2025 — uma condição herdada do governo anterior e que limitava a capacidade de investimento e expansão da companhia.
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