O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, vistoriou, na manhã desta segunda-feira (1º), os trabalhos da construção da rede de drenagem da barreira do Cabo Branco e anunciou que em breve, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) dará início à nova etapa do projeto de proteção da falésia. A iniciativa histórica da atual gestão, que após mais de duas décadas apenas de discussão, pela primeira ousa sair do discurso para colocar em prática de fato um projeto concreto na região, é constituída de quatro fases e a segunda já teve a homologação da licitação publicada no Diário Oficial da União (DOU) para que os recursos cheguem à Capital para execução.
Nesta manhã, durante visita às obras de drenagem, realizadas inteiramente com recursos próprios da PMJP na ordem de R$ 5,2 milhões, o prefeito explicou todo o projeto para a proteção da barreira. Além da drenagem, realizada desde a parte de cima da barreira, o projeto de R$ 65 milhões, dividido em três etapas, consiste no enrocamento, ou seja, a colocação de rochas no sopé da barreira, para evitar que o mar a atinja e continue provocando sua erosão, a fase de engorda da área de praia e, por último, a construção de gabiões marinhos intercalados com a linha de corais existente.
“Desde 2014 estamos apresentando os projetos para garantir recursos para a execução dessa obra que é muito importante do ponto de vista turístico, histórico e principalmente ambiental. Nosso projeto foi apresentado no Ministério da Integração Nacional e foi considerado o mais completo para ser adotado pelo Governo Federal. Enquanto isso, já aceleramos na área continental da barreira iniciando o trabalho da construção de uma rede de drenagem para disciplinar o escoamento das águas pluviais, diminuindo a erosão”, explicou o prefeito.
Segundo ele, enquanto a drenagem já vinha sendo executada e a Prefeitura aguarda a liberação dos recursos para iniciar a segunda etapa da obra (primeira etapa com recursos do Governo Federal), a gestão já se antecipou com a realização da licitação para ganhar tempo na execução e aplicação dos recursos. “Agora com a publicação da homologação, em breve estaremos iniciando o enrocamento da barreira”, garantiu. Esta segunda etapa, já homologada, custará R$ 4,1 milhões.
Drenagem – A construção da rede de drenagem consiste na implantação de 10 novos trechos de drenagem, que irão integrar a nova rede à já existente no entorno dos bairros Altiplano e Seixas. Essa intervenção é a mais importante na área continental da barreira por disciplinar a água das chuvas até a praia, reduzindo o impacto já que o lançamento das águas pluviais vai ocorrer em dois pontos de emissão, que serão reforçados para receber a nova rede nas praias do Seixas e do Cabo Branco.
Com o trecho em execução de implantação de mais 14 metros de tubos, que foi vistoriado hoje, os trabalhos chegam a 150 metros de rede de drenagem já executada. O trabalho inclui ainda a implantação da pavimentação da Rua Hermano Toscano, com 445 metros de extensão. A área total de contribuição da rede de drenagem equivale a 173 hectares. Nos trechos finais da rede de drenagem, as manilhas de 400 de diâmetro estão sendo substituídas por novas manilhas de 1500 de diâmetro. Esta medida aumentará em quatro vezes o escoamento das águas pluviais.
Interdição-A Barreira do Cabo Branco foi interditada para a circulação de ciclistas nesta segunda-feira (1º). O trecho, que já era proibido para carros, motos e veículos maiores, está passando por obras de drenagem, o que pode comprometer a segurança dos usuários de bicicletas. A interdição é temporária, sendo desfeita assim que os serviços forem concluídos.
Quem utiliza o trecho por lazer poderá circular pela orla até a rotatória localizada no final da Avenida Cabo Branco. Já aqueles que trafegam no local se deslocando em direção a Penha ou a bairros da Zona Sul poderão utilizar a ciclovia da Avenida João Cirilo, seguindo pela Rua Luzinete Formiga, que dá acesso à Estação Cabo Branco.