Nem ataque nem defesa. Assim como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o deputado federal Efraim Filho (DEM) também pregou cautela após o impasse envolvendo o presidente Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. O parlamentar ressaltou que atualmente existem duas narrativas, uma de cada lado e que tanto Supremo como Congresso já sinalizaram que pretendem se aprofundar nos fatos.
“O que nós temos são duas narrativas. Uma do presidente Bolsonaro e outra do ex-ministro Moro, que se contrapõem entre si. Os elementos de prova ainda são insipientes. Existem iniciativas no Supremo Tribunal Federal e também no Congresso Nacional que pretendem se aprofundar na análise desses fatos. Portanto é hora de prudência, de responsabilidade, é o destino do Brasil que está em jogo e portanto é preciso equilíbrio e serenidade nesse momento”. Defendeu.
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Essa semana Maia, que não tem concedido entrevista coletiva para a imprensa nos últimos dias, disse que esse silêncio era necessário para repensar o papel do Parlamento na crise. Na avaliação do presidente da Câmara, as projeções para a economia são dramáticas, e o desemprego vai atingir cerca de 16 milhões de brasileiros.
“Nosso papel é ter paciência. Claro que é legitimo discutir CPIs e outros instrumentos, mas a Câmara, sob a minha presidência, deve agir com paciência e equilíbrio para que possamos tratar do que é mais importante: a vida dos brasileiros”, disse o presidente.
Já sobre o distanciamento de Bolsonaro com o DEM e ilações de um possível prejuízo à posição da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, segundo Efraim, trata-se apenas de ruídos.
“A pressão que existe sobre a ministra Tereza vimos alguns ruídos pela imprensa. Conversei com a ministra neste final de semana e busquei com ela algumas informações. Ela muito tranquila dizendo que está forte, tanto para dentro do governo, como para fora do governo. Para dentro do governo ela está bem e para fora, da mesma forma”, destacou.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro rompeu com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi demitido. Entretanto, Efraim garantiu que não haverá revanchismo por parte da legenda.
– O fato da saída do ministro Mandetta não vai fazer com que o partido haja com qualquer tipo de revanchismo ou retaliação. Continuaremos votando a favor daquilo que temos identidade e, logicamente, aquilo com que divergimos teremos a convicção de não apoiar. Essa é a postura que o Democratas tem tratado, principalmente, neste cenário de crise – concluiu.