Atletas de Breaking terão apoio da Funjope para criar federação e incentivar esporte na Capital

 

Dançarinos-atletas pessoenses adeptos do break dance terão apoio da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) para a criação da Federação Paraibana de Breaking, estilo de dança de rua idealizado por afro-americanos e latinos na década de 1970, em Nova Iorque. A criação do órgão é importante para a participação dos atletas em competições de destaque, como olimpíadas e campeonatos, além de fomentar o desenvolvimento dos grupos culturais dessa modalidade.

Marcus Alves, diretor-executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), afirma que estes projetos serão abraçados como parte do estímulo da fundação às várias modalidades de dança, trabalhando em parceria com a Secretaria da Juventude, Esporte e Recreação.

“Vamos fazer uma ponte entre os dançarinos-atletas e a Secretaria da Juventude, Esporte e Recreação. Este apoio possibilitará a criação da federação, participação em competições regionais, nacionais e internacionais e novos projetos contemplados e fomentados”, reforça Geovan Conceição, responsável pela Divisão de Dança da Funjope.

A institucionalização dessa dança urbana, que é parte do hip hop, gênero musical com subcultura própria, será fundamental para viabilizar a participação dos dançarinos-atletas pessoenses em competições, até mesmo das Olimpíadas de 2024, em Paris, na França, já que o break dance, outro termo pelo qual a dança é conhecida, será modalidade pela primeira vez, desde 1896.

Segundo Lucas Dias, 26 anos e dançarino- atleta de breaking há 13 anos, o Conselho Nacional de Danças Esportivas (CNDB) já existe, mas nem todos os 26 estados e Distrito Federal brasileiros têm federação de breaking.

“As federações servem para que os estados possam apoiar seus dançarinos-atletas, cuidar da parte administrativa. Se um estado não tiver federação de breaking, seus dançarinos-atletas não poderão participar das eliminatórias para os Jogos de Paris, em 2024”, explica.

Lucas Ferreira Machado, também 26 anos, mais conhecido como Perninha, por conta da prótese que usa na perna esquerda, é dançarino-atleta de breaking desde que se conhece por gente e conta que, neste momento, está sendo escrito o estatuto da federação. “Estamos preparando a papelada para fazer o registro em um cartório. A federação nos dará mais visibilidade e colocará o breaking no mapa de João Pessoa. Temos dançarinos-atletas de qualidade”, destaca.

Outro projeto dos Lucas é a construção de uma casa de hip hop em João Pessoa, assim como as que existem em capitais como Teresina, São Paulo e Goiânia. Hoje, eles treinam em ruas e praças como as do Funcionário 1, Funcionário 2, Geisel, Coqueiral e Rangel, bairros periféricos da capital. Perninha explica que um espaço mais adequado permitiria também o desenvolvimento de atividades culturais, como grafite.

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