Licenciado da presidência do PSDB desde maio, após ser flagrado pedindo R$ 2 milhões a executivos da JBS e ser citado nas delações dos empresários, o senador Aécio Neves (MG) destituiu nesta quinta-feira (9) o senador Tasso Jereissati do cargo de presidente interino do partido.
Em sua justificativa, Aécio afirmou que quer garantir a “isonomia” nas eleições pelo comando nacional do PSDB e que acontecem em dezembro. Tasso havia informado que vai disputar a presidência e tem como concorrente o governador de Goiás, Marconi Perillo, que vem a ser o candidato do senador mineiro.
Nas últimas semanas, com o afastamento de Aécio da função parlamentar pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decisão que o Senado reverteu em votação do Plenário, uma ala tucana que apoia Jereissati no comando do partido vinha insistindo para que o senador mineiro renunciasse definitivamente à presidência do PSDB, em vez de apenas se licenciar.
Com a decisão desta quinta-feira (9), Aécio retomou o mandato e nomeou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para ficar à frente do PSDB até dezembro. Recentemente, Goldman foi alvo de ataques públicos do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que tenta se firmar como candidato tucano à presidência da República em 2018, numa disputa que será travada com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
JB