Diante dos fatos recentes de violência praticada por alguns policiais militares, fica evidente o total desequilíbrio de parte da tropa. Situações de truculência, ameaças, agressões verbais e físicas se tornam cada vez mais comuns nas ruas, nas operações e até em eventos públicos.
A verdade é dura: as denúncias que chegam à Corregedoria representam apenas uma pequena parcela do que de fato acontece no dia a dia. A maioria dos casos sequer é registrada, seja por medo, descrença ou falta de provas. E é exatamente por isso que precisamos defender o uso obrigatório de câmeras corporais pelos policiais militares, especialmente em ações que envolvam operações e eventos com aglomeração.
A câmera não serve apenas para proteger o cidadão de abusos de autoridade. Ela também protege o bom policial, aquele que cumpre seu dever com honra e respeito, contra falsas acusações. Além disso, é uma ferramenta que inibe excessos. Quem age dentro da lei não teme ser filmado.
É preocupante perceber que, para alguns, a farda virou símbolo de poder acima da lei, quando deveria ser símbolo de segurança, disciplina e equilíbrio emocional. Abuso de autoridade não fortalece a corporação; destrói sua imagem diante da sociedade que deveria confiar nela.
A autoridade legítima se constrói com exemplo, inteligência emocional, diálogo e respeito. E as câmeras corporais são um instrumento necessário para garantir que a força policial seja usada na medida correta, sem distorções.
Quem não deve, não teme.
E quem serve à sociedade com honra não se incomoda de ser visto.







