Arthur Lira apoia transformação do Auxílio Brasil em programa permanente

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que apoia a transformação do Auxílio Brasil em um programa permanente. A mudança foi aprovada nesta quinta-feira (2) pelo Senado, durante a votação da PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/2021), que volta para análise da Câmara dos Deputados.

Lira também se manifestou favoravelmente à sugestão do Senado de criar uma comissão permanente de avaliação e gestão dos precatórios. “As duas propostas, se vierem, serão muito bem-vindas. O programa permanente tem apoio da Câmara, sempre teve, sempre buscamos isso”, afirmou. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews.

Ele lembrou que a Câmara dos Deputados só não tornou o programa permanente por causa da falta de uma fonte orçamentária, que viria da reforma do Imposto de Renda (PL 2337/21), ainda em votação no Senado. “Como não votou, não tem a fonte orçamentária para criar o programa fixo e temos o temporário. Se o Senado decidir na PEC dos Precatórios que o auxílio será permanente e apontar a fonte, a Câmara votará com tranquilidade”, afirmou.

A PEC dos Precatórios poderá abrir mais recursos para o Auxílio Brasil, ao limitar o pagamento de despesas judiciais e mudar o cálculo do teto de gastos.

Arthur Lira ainda espera que a comissão sugerida pelo Senado dê maior clareza sobre os precatórios para entender o problema que, na sua avaliação, “não é normal”. “Ninguém sabe quanto é. Um dia falam que é R$ 3 trilhões, outro dia falam que é R$ 4 trilhões. De onde é que vem, como é que nascem, como crescem, o que está por trás disso?”, questionou. “Precatório só existe no Brasil, porque em todo lugar você tem um débito e paga. Aqui você escalona o débito e depois ele vai lhe consumindo”, disse.

Pandemia e reformas
O presidente da Câmara destacou a importância do auxílio para combater os efeitos da crise provocada pela pandemia de Covid-19. “O governo veio com o socorro para 20 milhões de famílias que passam fome, que estão indo na lata do lixo para pegar ossos”, disse. “A pandemia machucou muito. Aqueles que estão lá embaixo precisam desse auxílio.”

Lira voltou a defender a reforma do Imposto de Renda. “Quando você mexe no bolso, ninguém gosta. O projeto tem o conceito de diminuir a carga nas pessoas jurídicas e taxar quem recebe grandes fortunas no Brasil”, destacou.

“A gente está com um teto de gastos e não cumprimos o nosso dever, enquanto Brasil, de fazer todas as reformas. Quando se aprovou o teto de gastos, precisava da reforma trabalhista, previdenciária, tributária e administrativa. Fizemos duas e pedaços de outra. E elas estão em um caminho mais lento”, disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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