O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), teria tido pedido de Habeas Corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em processo referente à divulgação e ao vazamento de documentos sigilosos do colegiado. A informação foi divulgada pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB). A decisão do ministro Edson Fachin foi publicada no jornal Estadão desse sábado, 21/08.
De acordo com Arthur, o senador estaria com medo de ser preso por acusação de ter distribuído documentos sigilosos da CPI da Pandemia para uma emissora de televisão.
“O senador Omar Aziz pediu Habeas Corpus ao Supremo Tribunal Federal para não ser preso pela acusação de ter distribuído documentos sigilosos da CPI da Pandemia para uma emissora de televisão, o que é criminoso. O STF negou”, escreveu o tucano.
“Está claro que ele cometeu um crime. Aliás, é uma vida permeada pelo cometimento de crimes. Foi esse o papel que ele foi fazer na CPI: prender um sargento da reserva, se acovardar diante de um general da ativa e distribuir documentos sigilosos para fazer mídia, fazer política”, completou.
Na última sexta-feira (20), o ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, determinou que Aziz e a Corregedoria do Senado tomassem providências sobre o vazamento de dados sigilosos da secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”.
Em resposta à determinação, Omar Aziz limitou o acesso a documentos sigilosos em posse da CPI da Covid para evitar vazamentos. Segundo ele, os senadores poderão ter acesso somente aos documentos resultantes de requerimentos de própria autoria.
Aziz nega
O senador Omar Aziz (PSD) negou que tenha pedido um Habeas Corpus (HC) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser preso pelo vazamento de informações sigilosas em posse da CPI.
A informação de que teria pedido o HC, que inclusive já teria sido negado pelo STF, foi amplamente divulgada pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Neto em rede social e logo disseminada por apoiadores dele.
De acordo com a assessoria do senador, a informação de Arthur Neto é mentira. “Não procede. Ele [Omar Aziz] já acionou a Polícia Federal e a Justiça contra a propagação de fake news”.