Campina Grande aparece em ranking de cidades com melhor saneamento básico do país

 

Para celebrar o Dia Mundial da Água, o Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados, divulgou nessa terça-feira (22) publicou a 14ª edição do Ranking do Saneamento com foco nos 100 maiores municípios brasileiros. O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2020, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. A cidade de Campina Grande, está entre as 20 cidades com melhor saneamento do Brasil. A Rainha da Borborema aparece em 16º avançando no ranking em relação a 2019, que estava em 28º.

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos cem maiores municípios brasileiros com base em população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A ausência de acesso à água tratada atinge quase 35 milhões de pessoas e 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em centenas de pessoas hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica. Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem uma dificuldade com o tratamento do esgoto, do qual somente 50% do volume gerado são tratados — isto é, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

Outro ponto abordado é sobre os investimentos feitos em 2020, que atingiram R$ 13,7 bilhões, valor insuficiente para que seja cumprido as metas do Novo Marco Legal do Saneamento — Lei Federal 14.026/2020.

Os melhores x os piores municípios dentre os 100 maiores do país

Ao analisar as 20 melhores cidades contra as 20 piores cidades, observamos que há diferenças nos indicadores de acesso: enquanto 99,07% da população das 20 melhores tem acesso à redes de água potável, 82,52% da população dos 20 piores municípios têm o serviço. A porcentagem da população com rede de coleta de esgoto é ainda mais discrepante: 95,52% da população nos 20 melhores municípios tem os serviços; e somente 31,78% da população nos 20 piores municípios são abastecidos com a coleta do esgoto, como é possível ver no quadro abaixo.

De acordo com o Trata Brasil, mais de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada, 100 milhões não têm coleta de esgoto e apenas 50% do esgoto é tratado. O documento considera dados referentes a 2020 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)

Foram analisadas as 100 maiores cidades do país, que concentram 40% da população brasileira. Com isso, a cobertura de água tratado passou de 93,5% para 94,4% entre 2019 e 2020; o acesso da população a coleta de esgoto também cresceu de 74,5% para 75,7%; o esgoto tratado passou de 62,2% para 64,1%. Também há dados negativos, a perda de água na distribuição aumentou de 35,7% para 36,3%.

A tabela completa com os 100 municípios está disponível no site do Instituto Trata Brasil

Quem são os 20 melhores e 20 piores municípios?

Historicamente, o que se observa nos Rankings publicados pelo Instituto Trata Brasil são uma predominância de municípios dos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais ocupando as primeiras posições. Por outro lado, entre os 20 piores municípios sempre estão municípios da região Norte, alguns do Nordeste e Rio de Janeiro, com algumas excessões.

Confira quais são as cidades com melhores indicadores no setor:

Santos (SP)
Uberlândia (MG)
São José dos Pinhais (PR)
São Paulo (SP)
Franca (SP)
Limeira (SP)
Piracicaba (SP)
Cascavel (PR)
São José do Rio Preto (SP)
Maringá (PR)
Ponta Grossa (PR)
Curitiba (PR)
Vitória da Conquista (BA)
Suzano (SP)
Brasília (DF)
Campina Grande (PB)
Taubaté (SP)
Londrina (PR)
Goiânia (GO)
Montes Claros (MG)

 

As 20 piores cidades

Macapá (AP)
Porto Velho (RO)
Santarém (PA)
Rio Branco (AC)
Belém (PA)
Ananindeua (PA)
São Gonçalo (RJ)
Várzea Grande (MT)
Gravataí (RS)
Maceió (AL)
Duque de Caxias (RJ)
Manaus (AM)
Jaboatão dos Guararapes (PE)
São João de Meriti (RJ)
Cariacica (RJ)
São Luís (MA)
Teresina (PI)
Recife (PE)
Belford Roxo (RJ)
Canoas (RS)

Diferenças regionais e políticas públicas

O estudo destaca que, historicamente, as cidades dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais ocupam as primeiras posições do ranking. Na outra ponta, entre os piores municípios, estão principalmente cidades das regiões Norte e Nordeste e do estado do Rio de Janeiro.

 

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