“Com a desigualdade social, manter o Enem é ignorar os mais pobres”, disse Ruan Martins

O Ministério da Educação (MEC) decidiu por manter o calendário do Enem, com provas marcadas para 1º e 8 de novembro, mesmo com um número alarmante de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, o que causou a suspensão das aulas de todas as modalidades de ensino.

“Permitir que o ENEM aconteça em novembro é contribuir com a desigualdade educacional e ignorar os mais pobres, porque nem todos os estudantes têm condições para manter os estudos durante a pandemia. Infelizmente, as desigualdades sociais impactam, decisivamente, na qualidade do ensino. O acesso à internet, a falta de materiais didáticos necessários e a ausência de um espaço adequado para estudar em casa são fatores preocupantes neste momento”, diz Ruan Martins, presidente da juventude DEM na Paraíba.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada no último mês, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas não tem acesso à internet no Brasil, o que significa dizer que 46 milhões de brasileiros não tem acesso à rede. Segundo os dados apresentados, a situação fica ainda pior nas áreas rurais, onde 53,3% das pessoas não têm acesso à internet.

Apesar de todos os esforços para que o exame seja adiado, é importante que os candidatos façam a inscrição, que vai até o dia 22 de maio por meio da página do Enem na internet.

Porém, o Senado aprovou, ontem (19), o adiantamento do Enem sem a definição da data, o texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara antes de seguir para sanção presidencial.

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