Com discurso marcante de Tião Gomes, a Paraíba parou com a vitória histórica de Adriano Galdino para presidir ALPB nos dois biênios

Há exatamente um ano, a Paraíba parou para acompanhar o desdobramento das eleições na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), onde Adriano Galdino enfrentou o poderio do Governo do Estado e consolidando apoios importantes foi eleito e reeleito presidente do legislativo paraibano nos dois biênios.

Em seu discurso após a vitória, Adriano disse que não era submisso a ninguém. “Sou leal, sou amigo, mas submisso jamais. Os senhores terão de mim um presidente parceiro, que vai cumprir o regimento, para que possamos atender aos anseios do povo”, pontuou. Galdino foi eleito por unanimidade no primeiro biênio, 2019/2020.

Porém, a grande polêmica do dia, foi em relação ao biênio 2021/2022, quando todos aguardavam Tião como candidato a presidente ele “virou a mesa” e em um discurso marcante, indicou Galdino para ser o candidato a reeleição e imediatamente o convite foi aceito. Piorando o clima dentro da bancada governista que tinha Hervazio Bezerra como candidato apoiado pelo governador João Azevêdo e pelo ex-governador Ricardo Coutinho.

A votação seguiu por horas sem direito a pausa, mas com tempo para diálogo com a finalidade de definir as chapas e articulações. Assim, Galdino e Tião conseguiram quebrar a hegemonia do poder do Governo do Estado e venceram Hervázio, que só obteve 13 votos contra 26, fazendo com que o executivo sofresse a primeira derrota.

Esta é a segunda vez que Adriano Galdino conduz a Assembleia Legislativa. O socialista presidiu a Mesa Diretora no primeiro biênio do segundo mandato de Ricardo Coutinho (PSB).

Discurso de Tião Gomes surpreendeu

Com um discurso emocionado, Tião Gomes deu o tom da insatisfação dele com o governo. Relembrou mágoas com o fato de não ter recebido o apoio de João Azevêdo. Escancarou, ainda, que Adriano Galdino não era desejado pelo governo para comandar a Assembleia Legislativa. Todos viram, do outro lado, um Galdino que assentiu com a cabeça. O ato contínuo foi Tião dizer que não seria mais candidato e pediu que Galdino assumisse a missão. Ele, por outro lado, disputaria na chapa na condição de primeiro vice-presidente. Disse ainda, repetindo o colega Galdino, que sempre foi fiel ao governo, mas que não é submisso. “Me ajoelhar, eu me ajoelho apenas para Deus”, disse, em tom enfático. Galdino aceitou o convite e bateu chapa com Hervázio. O resultado final foi a eleição dele para o segundo biênio.

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