O deputado estadual Bosco Carneiro travou consistente defesa pela vinculação do Hospital General Edson Ramalho à Polícia Militar da Paraíba (PMPB), após a transferência da estrutura organizacional da unidade hospitalar para a Secretaria de Estado da Saúde. A emenda aditiva foi apresentada ao Projeto de Lei do Executivo, aprovado na sessão ordinária desta quarta-feira (17) na Assembleia Legislativa (ALPB).
Contestando a liderança do Governo na Casa de Epitácio Pessoa, que orientou a bancada a votar contra a emenda, o deputado Bosco questionou como ficará a segurança jurídica dos servidores, para onde seriam realocados e se exerceriam as atividades numa entidade civil. A emenda do parlamentar resguardava o direito adquirido dos que ingressaram na instituição por concurso público, tais como médicos, enfermeiros e farmacêuticos. Agora, sem a regulamentação, esses profissionais poderão ser prejudicados na ascensão funcional. Além disso, Bosco pontuou que a emenda não criaria despesas para o Executivo. Apesar do apelo, a proposta não conseguiu votos suficientes para aprovação.
Junto a parlamentares de oposição, o parlamentar fez críticas ao governo estadual pela falta de diálogo com o segmento militar. “Não houve diálogo com a Polícia Militar para ouvir e acatar sugestões sobre essa transferência”, denunciou.
De acordo com o deputado, com a substituição da assistência no Edson Ramalho para uma nova unidade a ser ainda implantada pelo Estado, militares e familiares perderão o centro de assistência social, a policlínica, o centro de assistência psicológica e o núcleo setorial de saúde, que já funcionavam no hospital militar. “Esses órgãos compõem a área de saúde da PM, conforme o artigo 9º, e estão sendo retirados de forma brusca, sem o mínimo respeito”, informou.
Bosco Carneiro também se pronunciou a respeito do papel dos parlamentares na votação de pautas de interesse público. “Infelizmente, nos dias atuais, a política e o Parlamento no Brasil estão perdendo a sua essência, porque muitas vezes se divide situação e oposição, quando devemos estar do lado do povo, porque é o povo que nos passa a procuração para representá-lo e defender seu interesse. Não podemos ser inertes”, provocou