Principal equipe da Fórmula 1 na atualidade, a Mercedes sofreu um assalto na saída do Autódromo de Interlagos, na noite desta sexta-feira (10/11), após a realização dos dois primeiros treinos livres do GP do Brasil. Uma van do time alemão foi abordada por criminosos, que levaram “itens valiosos” dos integrantes do veículo, na zona sul de São Paulo.
A assessoria de comunicação da Mercedes não revelou o que foi roubado. Mas informou que ninguém ficou ferido na ação, apesar de os criminosos estarem armados. A equipe não acionou a polícia após o episódio, que assustou membros do time alemão. Neste sábado (11), as vans da Mercedes receberam escolta policial no trajeto do hotel até Interlagos.
O piloto Lewis Hamilton, astro da Mercedes, desabafou no Twitter: “Isso acontece todo ano aqui. A F1 e as equipes precisam fazer mais, não há desculpa!”
A ação aconteceu por volta das 20h de sexta-feira (10), nas proximidades da Avenida Interlagos. Um veículo interrompeu a passagem da van da Mercedes e o assalto foi anunciado. A equipe não confirmou quantos integrantes foram roubados. Outra van, da Williams, estava por perto, mas não foi abordada pelos assaltantes.
Logo atrás, vinha um veículo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Como a van era blindada, saiu rapidamente e evitou qualquer perda material. Dentro do veículo, estava o assessor de imprensa da entidade, o italiano Matteo Bonciani, que revelou não ter havido maior risco na ação.
Acostumado a frequentar Interlagos há anos, Bonciani disse que foi a primeira vez que passou medo no Brasil. Mas preferiu minimizar o episódio. “Eu moro em Paris e essas coisas também acontecem lá”, disse o italiano, já recuperado do susto. Nos últimos anos, houve registros de outros assaltos a equipes e pilotos da F-1 nas proximidades de Interlagos.
O assalto à Mercedes motivou o chefe da equipe, Toto Wolff, a se reunir com o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi. Eles tomaram café da manhã no box da equipe alemã, na companhia do austríaco Niki Lauda, tricampeão da Fórmula 1 e um dos dirigentes da Mercedes.
O apresentador Tiago Leifert, da Rede Globo, respondeu ao astro da Fórmula 1. “Você está certo. Mas são as autoridades brasileiras que devem ser culpadas. É uma vergonha para o meu país. Tão triste”, escreveu, no Twitter.
Leifert ainda retuitou a postagem de Hamilton e marcou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
METROPOLES