‘Feira de Mangaio’: Prefeitura do Conde empenhou mais de R$ 720 mil a empresa suspeita de fraudes

 

A Prefeitura de Conde, no litoral sul, pagou R$ 721.780 a empresa Meta, alvo de operação do Gaeco do Ministério Público por suspeita de fraude em licitações. A sede da Prefeitura foi um dos locais visitados pela operação ‘Feira de Mangaio’, deflagrada nesta quarta-feira.

A ação requisitou a Prefeitura informações sobre contrato feito no ano de 2018, durante a gestão da ex-prefeita Márcia Lucena, para aquisição de material pedagógico, com kits escolares para atender a alunos dos Crei’s e escolas da rede municipal. O empenho foi feito em fevereiro de 2020.

Na atual gestão, que tem à frente Karla Pimentel, a Prefeitura firmou dois contratos com a Meta, sendo um de R$ 127.200 para fornecimento de infraestrutura tecnológica para implantação de prontuário eletrônico. O empenho foi feito em março do ano passado.

Em julho do mesmo ano a Prefeitura pagou mais R$ 2.340 a empresa para fornecimento de tintas para demarcação de vias do município. Os dados constam no Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).

Outro lado

A Prefeitura de Conde emitiu Nota Pública esclarecendo sobre os contratos alvos da Operação ‘Feira de Mangaio’, deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) pelo Ministério Público da Paraíba e pela Controladoria-Geral da União (CGU) no município e em outras cidades da Região Metropolitana da Capital.

No texto, a administração revela que os contratos são referentes aos pregões de números 43 e 44 do ano de 2018, realizados na gestão da ex-prefeita Márcia Lucena. Conforme a Nota, “os empenhos realizados pelo município foram relativos a Restos a Pagar correspondente aos contratos daquele ano para a aquisição de kits escolares”.

A Prefeitura disse ainda que está a disposição das autoridades para esclarecer o que for necessário e contribuir com as investigações.

Operação Feira de Mangaio 

Uma operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (23), em João Pessoa e Cabedelo contra desvio de recursos públicos durante a pandemia. O alvo é um grupo apontado como responsável por fraudar licitações de prefeituras paraibanas. A suspeita é que houve sonegação fiscal de aproximadamente R$ 14 milhões.

A Operação Feira de Mangaio apura irregularidades na contratação de grupo empresarial por diversos órgãos públicos. As investigações têm por objetivo apurar fraudes em procedimentos licitatórios, bem como desarticular o grupo responsável pelas respectivas contratações.

A ação visa combater fraudes em processos de contratação, realizados por municípios paraibanos, tendo como objeto a contratação de empresa para o fornecimento de produtos e/ou prestação de serviços diversos, a exemplo do fornecimento de material esportivo, utensílios de cozinha, postes de concreto armado, até serviços de instalação de ar condicionados e de assessoria de comunicação e imprensa, grande parte durante a pandemia.

Conforme as investigações, as irregularidades praticadas podem ter acarretado desvios de recursos em diversas áreas, a exemplo do desenvolvimento esportivo de estudantes das redes municipais de ensino e da prestação de serviços de saúde.

Com MaisPB

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