A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) está se aproximando de todos os fóruns de cultura da cidade, conhecendo suas necessidades e ouvindo propostas. Uma delas envolve um projeto do Fórum Nacional de Forró de Raiz, que quer transformar o ritmo em patrimônio imaterial. A ideia, apresentada durante reunião, nesta quarta-feira (17), que envolveu também a Associação Balaio Nordeste, conta com o apoio da Fundação e será amadurecida nos próximos encontros.
“Discutimos bastante como potencializar o projeto que o grupo de forró de raiz tem no sentido de transformar o forró em patrimônio imaterial da cidade de João Pessoa, do estado da Paraíba. A gente pode e deve intensificar isso. Eu, enquanto gestor, entrando nesse conjunto de atores, vou pleitear esse título, categorização do nosso forró, e começar a identificar espaços para valorização do forró de raiz na cidade de João Pessoa”, frisou Marcus Alves, diretor executivo da Funjope.
Para ele, o forró é uma manifestação cultural, mas sobretudo também uma questão turística que envolve o tema. Ele garantiu que vai trabalhar sempre mantendo um vínculo entre cultura, turismo e educação. “É uma tríade da qual não vamos abrir mão e o Fórum de Forró de Raiz está apostando nessa mesma perspectiva. Então, temos tudo para fazer um bom trabalho”.
Joana Alves da Silva, presidente da Associação Cultural Balaio Nordeste e coordenadora do Fórum Nacional de Forró, destacou que, além da discussão em torno do processo de registro do forró como patrimônio imaterial, o objetivo do encontro foi buscar políticas públicas para o ritmo. “Trabalhamos com cultura popular como um todo, mas o objeto maior é o forró e, por isso, estamos realizando essa primeira conversa, que foi muito positiva. Quero muito que nossa cultura seja respeitada”, comentou.
Abraçando todos os fóruns – A reunião com a Associação Balaio Nordeste e com representantes do Fórum de Forró de Raiz tem uma importância dupla para o diretor executivo da Funjope. “Porque damos continuidade a esse processo de abraçar todos os fóruns de cultura. Estamos conversando com esses fóruns, estabelecendo linhas de atuação da Funjope junto a eles e junto às problemáticas de cultura que eles representam”, destacou Marcus Alves.
Ele afirmou que, na agenda do Fórum de Forró de Raiz, há itens que a Funjope está na perspectiva de realizar, como a vinculação do forró aos processos educativos, a inclusão do forró de raiz na grade permanente de programação que a fundação mantém, a criação da Casa do Artista da Paraíba para incluir e proteger os artistas que estão com algum tipo de vulnerabilidade social – projeto que está bem avançado.
Marcus Alves acrescentou que a Funjope vai trabalhar junto com o Fórum de Forró de Raiz, assim como os demais fóruns, com uma agenda regular de encontros e mantendo uma conversa permanente. Há, inclusive, a proposta de revisar algumas normativas legais no campo legislativo e jurídico para avançar na relação. A reunião contou com a participação do diretor de Culturas Populares da Funjope, Mô Lima.