O general Eduardo Pazuello deve sair do Ministério da Saúde nos próximos dias. O Congresso em Foco falou com um assessor palaciano, que admite que a saída dele do governo pode acontecer em prol de uma unidade com o Poder Legislativo.
O militar tem sido bastante criticado por conta da gestão da crise da covid-19, com a demora na liberação de vacinas e na falta de uma coordenação nacional de medidas de isolamento social. Há uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pendente de instalação no Congresso que tem o objetivo de apurar a omissão do ministro no tratamento da pandemia.
Um integrante do PP ouvido pelo Congresso em Foco avalia que Pazuello se esforçou, mas o resultado é que deixou o país em um caos. Parte do PP quer que o próximo ministro da Saúde seja um médico de renome nacional. Ganhou força neste domingo (15) o nome de Ludhmila Hajjar, cardiologista que atua em São Paulo (SP) e era do Hospital Sírio Libanês. Ela viajou para Brasília e se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta tarde.
Ela foi médica de diversos políticos, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro.
O nome da médica também já apareceu em bolsas de apostas no ano passado, quando Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich saíram do Ministério da Saúde. Ludhmila é de Goiás e também já foi cotada para ser secretária de Saúde do governador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é próximo de Bolsonaro.
No sábado (13), o Congresso em Foco mostrou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, desejam que o substituto seja o deputado Luiz Antonio Teixeira Júnior (PP-RJ), conhecido como Doutor Luizinho.Porém, o nome do deputado não tem unanimidade nem no PP e sua indicação pelo governo é considerada difícil.