O suplente de vereador da Capital Helton Rene deu um depoimento emocionado sobre um drama familiar que tem vivenciado e que o fez deixar o cargo de assessor técnico da Secretaria do Trabalho, Produção e Renda, que exercia na Prefeitura, nessa terça-feira (08): a depressão severa e crônica que a esposa enfrenta há mais de dois anos.
Ele explicou que a saída nada teve a ver com questões políticas, como muito se especulou, mas que se viu obrigado a buscar tratamento nos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Massachusetts, referência no tratamento da doença. Ele lamentou o fato de que o tratamento por parte de médicos no Brasil tenha se tornado “comércio”.
A declaração diz muito sobre a falta de empatia das pessoas e, pior, a falta de políticas públicas para quem sofre da doença. “Essa é uma doença da alma, que atinge não só a pessoa, mas quem está ao lado dela”, diz Helton bastante emocionado.
Dados recém-divulgados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, do IBGE, apontam um crescimento significativo do número de casos de depressão no Brasil. Segundo a pesquisa, 16,3 milhões de pessoas com mais de 18 anos sofrem da doença, um aumento de 34,2%, de 2013 para 2019.
Em alguns estados, como Rondônia, o incremento foi de 70%. Na Paraíba, já são mais de 220 mil diagnosticados. No Espírito Santo, 350 mil.
Sony Lacerda
