Marcos Henriques aborda conjuntura econômica do Brasil em pronunciamento na CMJP

 

O vereador Marcos Henriques (PT) fez uma análise da atual conjuntura econômica e política do Brasil. Na sessão ordinária híbrida da Câmara Municipal de João Pessoa, desta quinta-feira (18), o parlamentar também criticou o início da carreira política do ex-juiz e do procurador da Operação Lava Jato, Sérgio Moro e Deltan Dellagnol, respectivamente.

“Um vereador falou na semana passada sobre suas verdades em relação ao país. Hoje, venho mostrar quais são as verdades desse país. São mais de 24 milhões de famílias entregues à própria sorte porque acabaram o ‘Bolsa Família e o ‘Auxílio Emergencial’. A exclusão social é em massa. A verdade está nas ruas quando o povo não pode abastecer o carro”, explicou Marcos Henriques. Ele destacou que existe uma cortina de fumaça para esconder a atual situação econômica do país, que impulsionada pelo desemprego alto reflete no aumento da inflação e dos alimentos.

“Em dados divulgados pelo próprio governo, 24,8 milhões de famílias estão fora deste programa que está sendo implementado por conta de um calote nos precatórios. É desastroso o que está acontecendo em nosso país. O presidente vai passear de moto no Catar, enquanto nosso povo fica revirando ossos para poder sobreviver. Essa é a verdade”, ressaltou. De acordo com ele, os políticos e gestores que alegam amar a pátria a vendem ao capital estrangeiro e os que se dizem cristões pregam a violência e o armamento do país.

“Nosso Brasil está com uma inflação altíssima, congelamento de salários e custo muito alto dos alimentos. Estão tirando dos pobres e dando aos ricos, um Robin Hood às avessas. Estão acabando com o nosso país. Aqui na Paraíba, 32.918 famílias não receberão esse ‘Auxílio Brasil’. Vou falar mais verdades: a prova do Enem, o presidente diz ter a cara dele. O Enem está mais excludente, com o menor número de inscrições, queda drástica nas inscrições dos alunos da rede pública e no número de estudantes negros. O problema do Enem está nessa exclusão que se faz para dificultar o acesso às universidades. O próprio ministro da Educação diz que a universidade é pra poucos. Esse Governo Federal não dá dignidade e não se dá ao respeito”, declarou.

Em aparte, o vereador Junio Leandro (PDT) concordou com Marcos Henriques e alegou que a situação do país ainda ficará pior com a entrada na vida política dos interlocutores da Operação Lava Jato: o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dellagnol, que já anunciou sua saída do Ministério Público. “Entram pra política os dois, que com conchavo político retiraram o direito do líder disparado nas pesquisas, de sair candidato às eleições presidenciais fazendo com que um incompetente e desqualificado esteja à frente de uma nação. Agora, para desmoralização geral, os dois serão candidatos nas próximas eleições, deixando claro que o processo contra Lula sempre foi político”, completou.

Já o vereador Carlão (Patriota), defensor do governo de Jair Bolsonaro, discordou de Marcos. “Parece que o Brasil nunca foi um país onde tinha fome, desigualdades e sofrimento. Parece que o país vivia às mil maravilhas e não vivia. O índice de analfabetismo continuava grande e a evasão escolar, maior ainda. A falta de estrutura na educação e a herança maldita foram deixadas pelo PT porque a única coisa estimulada no país foi como institucionalizar a corrupção e o roubo dentro do Congresso Nacional. Por isso que a população sofre na saúde e na educação”, alegou.

Reação

O vereador Marcos Henriques rebateu Carlão afirmando que se não fossem os R$ 350 bilhões deixados nos cofres do governo pelo PT, a atual gestão já teria sucumbido. Ele ainda elencou o que chamou de delitos cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro no processo da Lava Jato. Para Marcos, Moro fez com que os temas da justiça coincidissem com os temas eleitorais, vazou conversas de forma ilegal, autorizou condução coercitiva ilegal, posou para fotos com pessoas alvo da operação que comandava, condenou sem provas, vazou delação para criar fato político, tratou da participação no governo Bolsonaro em pleno período eleitoral e virou ministro da Justiça. “Ele agiu politicamente o tempo todo. Ele e o Dellagnol agiram politicamente e disseram que nunca iriam entrar para política. Agora, serão candidatos nas próximas eleições. É uma desmoralização. Enquanto isso, Lula foi recebido como chefe de estado em Bruxelas. Puseram uma banda de música para receber um dos maiores estadistas que esse país já teve”, enfatizou.

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