A sessão desta segunda-feira (04) na Câmara de Conde gerou bastante repercussão após uma fala do vereador Eduardo Cassol, que surpreendeu seus colegas parlamentares e o público presente na Casa Comendador Cícero Leite. O vereador afirmou que está rompendo com a base e tornando-se independente. Em seu pronunciamento, ele fez questão de falar sobre as “decepções” com a prefeita Karla Pimentel, que segundo ele, não está atendendo pedidos que favorecem à população, além dos descasos com serviços e equipamentos públicos por toda cidade.
Assista pronunciamento: https://youtu.be/SsmTCgnzf6I
Em um trecho de sua fala, que está circulando nas redes sociais, Cassol diz que seu posicionamento foi motivado pela falta de interesse da prefeita Karla em responder seus pedidos e questionamentos. “Eu já estou há quase dois meses tentando falar com a prefeita e não consigo”, disse.
De acordo com o parlamentar, sua atitude em romper com Karla foi formada após três pontos que lhe causaram desconforto.
O primeiro foi uma espécie de interceptação de Karla, juntamente com o deputado estadual Eduardo Carneiro, de um projeto de ação social promovido pelo vereador, que tinha como proposta oferecer serviços de cidadania para diversas comunidades, como a emissão de documentos, como RG, CPF e Carteira de Trabalho.
O segundo ponto foi que a prefeita Karla Pimentel teria se recusado a abastecer uma máquina patrol, cedida pelo DER para recuperar estradas dentro do município. A máquina que pertence ao Governo do Estado foi cedida à Prefeitura através de uma intermediação do vereador e só precisava que a gestão abastecesse para realizar os reparos.
O terceiro ponto apresentado foi uma outra recusa da prefeita. Dessa vez uma ambulância para atender os moradores. O vereador comentou sobre uma emenda aprovada e que Karla decidiu não aceitar, fazendo o dinheiro voltar e deixando a população sem o equipamento de saúde.
Além dos três pontos destacados, Cassol ainda mencionou que veículos como um caminhão caçamba está parado no pátio da Prefeitura há seis meses sem pneu e que as unidades básicas de saúde estão sem medicamentos básicos para atender a população.
Cassol destacou que sua atitude é definitiva com a seguinte frase: “A gente trabalha aqui para o povo de Conde. Quando a gente começa a trabalhar e pessoas começam a interceptar o seu trabalho, esses não querem o bem do povo”.