Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denuncia políticos do PP por organização criminosa e paraibano é citado

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu nesta sexta-feira, 01, uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra políticos do PP por formação de uma organização criminosa para atuar no esquema de corrupção na Petrobrás. O PP é hoje a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados.

Esta é a primeira denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra políticos no ramo de investigação conhecido como ‘quadrilhão’ – que apurou a organização entre políticos e operadores para atuar na petrolífera.
A denúncia contra políticos do PP será mantida em sigilo no STF pois foram usadas informações da delação do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que ainda protegida por segredo de justiça.

O inquérito relativo ao PP tem 30 alvos – entre eles o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro e o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). No oferecimento de denúncia, há casos que foram arquivados, quando no entendimento dos procuradores, não praticaram crimes. O Estado apurou, no entanto, que o presidente da sigla é um dos denunciados.

A expectativa é que o presidente Michel Temer seja denunciado nesse último inquérito nos próximos dias. Junto com a divisão, Janot pediu a inclusão de mais investigados e ao todo os quatro inquéritos ficaram com 66 alvos.

A investigação foi aberta na primeira leva de inquéritos pedidos por Janot ao STF na Lava Jato, em março de 2015. No meio do caminho, contudo, a própria PGR pediu para fatiar a investigação em 4 ramos: PP, PMDB do Senado, PMDB da Câmara e PT.

Informações prestadas pelos primeiros delatores – Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa – deram origem à investigação, que foi enriquecida com as novas colaborações premiadas firmadas de lá pra cá, como a da Odebrecht.

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Quando pediu o fatiamento da investigação, Janot citou que o inquérito apontava para “um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo” com atores que “se interligam”.

Procurada, a assessoria do senador Ciro Nogueira não se manifestou até a publicação desta reportagem.

 

FONTE: Correio Braziliense

 

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