O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou na manhã deste sábado (23) do primeiro evento do PSD desde que anunciou a sua filiação ao partido – ele assinará a ficha que formaliza sua entrada na agremiação na quarta-feira (27), em solenidade marcada para o Memorial Juscelino Kubitscheck, em Brasília. Ao lado do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, Pacheco esteve no Encontro Regional do PSD no Rio, organizado pelo presidente estadual, o prefeito carioca Eduardo Paes, que apresentou lideranças locais que participarão do processo eleitoral do próximo ano, entre elas Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pré-candidato do partido ao governo do Estado do Rio.
Em sua fala, Eduardo Paes disse que as pessoas estão sem esperança e que a política precisa apresentar alternativas ao Brasil. Por isso, disse que Pacheco “está convocado pelos cariocas” a disputar a presidência da República pelo PSD. “A mesma coisa vale para o Felipe Santa Cruz, para o Estado do Rio”, disse.
Rodrigo Pacheco disse que é preciso reconhecer que temos um país desigual, que está permitindo a volta da inflação, a subida dos juros e o aumento do desemprego. “Só vamos conter tudo isto buscando convergências e respeitando as divergências, deixando a polarização e a radicalização para lá”.
O presidente do Senado defendeu também que o Brasil volte a valorizar o respeito e a responsabilidade. “Precisamos provocar cada vez mais respeitabilidade entre poderes, instituições e pessoas”, disse. “E os homens públicos devem ter responsabilidade com suas funções. Precisamos garantir às pessoas carentes um programa sustentável e de valor responsável, dê-se o nome que quiserem, Bolsa-família ou outro. Mas é possível equilibrar a necessidade mínima das pessoas com a responsabilidade fiscal. Se rompermos o teto de gastos e formos populistas, todos pagaremos a conta”, afirmou.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, elogiou a liderança do prefeito Eduardo Paes – “ninguém se elege três vezes prefeito de uma cidade como o Rio sem competência, inteligência, seriedade, honestidade e sem boa equipe”, disse – e relembrou um pouco da trajetória do PSD. “Passados 10 anos, nos sentimos realizados por termos agregado pessoas como Eduardo Paes e jovens como esses que estão aqui”.
Ele fez um breve relato da vida pública de Rodrigo Pacheco, “um ser humano generoso, preparado, qualificado e que mostrou nos últimos anos talento para a vida pública”, e falou sobre a filiação marcada para a próxima quarta-feira. “O PSD vai ter um candidato a presidente. E o Rodrigo só não será candidato se não quiser”, disse. “Mas confio no espírito público dele, que não vai se negar a cumprir esta missão. Ele tem todas as condições de ser um excelente presidente da República”.
Com a filiação de Pacheco, o PSD passa a contar com os três senadores que representam Minas Gerais: Antonio Anastasia, Carlos Viana e Pacheco. No Senado Federal, o PSD passa a ter 12 senadores, a segunda maior bancada da Casa.
Advogado, Rodrigo Otavio Soares Pacheco foi criado na cidade de Passos, no Sul de Minas Gerais, tem 44 anos e sólida experiência jurídica, especialmente na área penal. Natural de Porto Velho (RO), está em seu primeiro mandato como senador, depois de ter exercido um mandato como deputado federal (2015-2018), quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, considerada a mais importante comissão da Casa. Em fevereiro deste ano foi eleito presidente do Senado.
- PSD