O ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indeferiu o registro de candidatura do coach Pablo Marçal a deputado federal. A decisão ocorreu em ação protocolada pelo petista Paulo Teixeira que a partir do indeferimento está reeleito.
Lewandowski havia revogado uma decisão que autorizava José Willame Cavalcante de Souza a exercer o cargo de presidente da comissão regional do Pros-SP, o que fez com que todos os atos praticados por ele no exercício da função fossem considerados nulos —inclusive a ata que consagrou Marçal candidato a deputado.
Na ação, Paulo Teixeira alegou que o processo que havia referendado a candidatura de Pablo Marçal havia sido anulado pela Justiça eleitoral e que a candidatura de Pablo Marçal ter sido levada adiante foi “um desrespeito com a autoridade do TSE”.
“O TSE determinou, liminarmente, a “imediata retotalização dos votos”, conforme estabelece as normas eleitorais. Com isso, reassumo a posição de Candidato reeleito para o cargo de Deputado Federal e continuar a representar o nosso povo de São Paulo. Portanto, a Justiça Eleitoral restabeleceu a vontade popular, a vitória do direito e a prevalência da democracia”, disse Paulo Teixeira.
Com a decisão do TSE, Paulo Teixeira poderá ser diplomado em janeiro de 2023 para o seu quinto mandato consecutivo como deputado federal.
Brigas com o Pros dificultou a jornada de Pablo Marçal
Inicialmente, Pablo Marçal disputaria vaga para a Presidência da República, que estava praticamente certa. Mas, após mudanças constantes na liderança de seu partido, o Pros, ele teve sua candidatura retirada pela legenda, que passou a apoiar o candidato Lula (PT), a quem o coach se opõe.
O empresário não aprovou a decisão e buscou voltar à corrida presidencial através do TSE, que barrou sua candidatura. Após isso, ele desistiu e anunciou campanha para a Câmara dos Deputados por São Paulo. Mas teve a candidatura indeferida por um juiz do TRE-SP por falta de documentos.
Mesmo indeferido, o apoiador de Bolsonaro pode ser votado, conquistando 243.037 votos e a primeira suplência. No dia 6 de outubro, sua candidatura foi homologada após embargo de declaração apresentado pela defesa do candidato, e, agora, com retotalização, irá a Brasília.