União Progressista é lançada com participação ativa da Paraíba e promessa de “choque de prosperidade”

Foi oficializada nessa terça-feira (29), em Brasília, a criação da federação partidária entre o União Brasil e o Progressistas (PP). Batizada de União Progressista, a nova aliança nasce como a maior força institucional do país, reunindo 109 deputados federais, 14 senadores, cerca de 1,4 mil prefeitos e seis governadores, além de garantir acesso à maior fatia dos fundos eleitoral e partidário entre as 29 siglas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O lançamento ocorreu no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com a presença de lideranças dos dois partidos e autoridades do Congresso, como os presidentes das duas Casas Legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB), da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), do Senado. Representantes da oposição também compareceram, entre eles o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Inicialmente, a federação será comandada de forma compartilhada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Antonio de Rueda (União Brasil), sem definição hierárquica. A presidência única será definida em dezembro, após a aprovação do estatuto da federação em convenções internas e a homologação do registro pelo TSE.

Em seu discurso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reforçou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. “Vamos ganhar as eleições no país e vamos subir a rampa do Palácio do Planalto”, declarou, sob aplausos dos presentes.

Além do peso institucional, a União Progressista passa a exercer papel decisivo no cenário eleitoral e orçamentário nacional. Segundo projeções de 2024, a nova federação teria direito a cerca de R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões em fundo partidário — valores que superam os do PL, atual maior beneficiário.

Paraíba em destaque no lançamento

A Paraíba também marcou presença no evento. O vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) participou da cerimônia e destacou o desafio de alinhar a nova estrutura nacional com o projeto de desenvolvimento em curso no estado, liderado pelo governador João Azevêdo (PSB).

“Qualquer movimento político que façamos tem que ter a população no centro. A Paraíba está vivendo seu melhor momento, com equilíbrio fiscal, obras estruturantes e investimentos que transformam a vida das pessoas em todas as regiões. Precisamos garantir a continuidade dessa transformação nos próximos anos”, afirmou.

Lucas também destacou que o governo estadual prevê investimentos superiores a R$ 11 bilhões entre 2025 e 2026, consolidando a Paraíba como referência de gestão no Nordeste.

Também estiveram presentes a senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) e o líder da Maioria no Congresso Nacional, Aguinaldo Ribeiro (Progressistas), reforçando o protagonismo da bancada paraibana dentro da nova federação.

Caminhos abertos e desafios internos

Em manifesto lido no evento, os líderes do PP e União Brasil defenderam responsabilidade fiscal e social, além de propor um “choque de prosperidade”, com reformas estruturais que destravem o crescimento do país. O texto prega medidas que aumentem a competitividade do Brasil no cenário internacional e prometem foco na eficiência do setor público.

Apesar da força numérica e capilaridade, a federação terá de enfrentar desafios importantes: definir sua posição em relação ao governo Lula (PT) — já que ocupa cargos na Esplanada — e construir consenso sobre uma eventual candidatura presidencial própria. Internamente, será fundamental evitar disputas entre os dois partidos, especialmente em estados onde concorrem entre si.

A União Progressista representa um passo inédito na articulação da centro-direita desde a redemocratização e já altera o equilíbrio político nacional às vésperas das eleições de 2026.

Acesso Político

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