Na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), desta terça-feira (6), o vereador Marcos Henriques (PT) se posicionou sobre o tratamento preventivo contra a Covid-19 e a luta pela vacinação de toda população. O parlamentar também pediu esclarecimentos sobre rescisão de contratos por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) com empresas de limpeza urbana da Capital paraibana.
“Quero falar sobre o movimento ‘Fique em Casa’, porque estamos passando por um momento muito curioso, em que os negacionistas estão se transformando em ‘prevencionistas’. Antes, defendiam não usar máscaras e não queriam vacina. Agora, são contra ficar em casa e defendem o tratamento preventivo sem comprovação científica”, declarou o parlamentar.
Marcos Henriques ressaltou que a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Universidade de Brasília (UNB) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se posicionaram contra o tratamento preventivo. “Todos queremos salvar vidas. Existe uma dissidência médica que defende a prevenção sem nenhuma comprovação. Precisamos ficar em casa e refletir sobre os números muito claros de óbitos que só aumentam. Alguns especialistas alegam que em abril poderá ocorrer o aumento da contaminação, então não é o momento de baixar a guarda contra esse vírus. A história vai mostrar que os negacionistas mudaram”, afirmou.
Em apartes, os vereadores Carlão Pelo Bem (Patriota) e Coronel Sobreira (MDB) ratificaram seus posicionamentos em favor da prevenção e tratamento adequado para combater a Covid-19 nos postos de saúde da cidade. “A história vai mostrar que muita gente se acovardou e não usou o tratamento preventivo, hospital de campanha foi fechado e muitas pessoas morreram. Não somos nem negacionistas nem ‘prevencionistas’, somos a favor da vida”, defendeu Carlão. Já o vereador Junio Leandro (PDT) corroborou as palavras de Marcos Henriques. “Temos limites como vereadores e devemos ouvir os especialistas. Enquanto vereador e profissional de saúde sigo as orientações da OMS, da Fiocruz e de associações”, comentou.
Problemas na limpeza urbana
Outro assunto abordado por Marcos Henriques foi a rescisão de contrato por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) com três empresas que realizam a limpeza e a coleta de lixo na Capital paraibana. “Gostaria de informação, se possível do líder do governo, sobre a quebra de contrato com as empresas de coleta de lixo, de forma abrupta. Fui procurado pelo representante do sindicato da categoria, que está preocupado com o desemprego de cerca de 1200 trabalhadores. Precisamos saber porque houve a rescisão e porque não se paga a esses trabalhadores desde janeiro”, reivindicou.
O líder do governo, vereador Bruno Farias (Cidadania), explicou que as empresas estavam descumprindo um termo de referência, que havia no contrato, desde a gestão passada. Segundo o líder, as empresas já haviam sido notificadas para cumprirem o termo no ano passado e este ano o novo gestor da pasta também já havia notificado as empresas. “Apesar das notificações, elas não se adequaram ao termo. Em uma das empresas, dos 28 itens estabelecidos no termo de referência, 22 estavam em desacordo. A PMJP suspendeu os contratos por quebra de contrato. Uma empresa entrou na justiça e a prefeitura vai responder à medida judicial. A cidade não está sofrendo com a falta de coleta de lixo porque os pagamentos estão sendo feitos”, afirmou.