Este ano, mais de 9,4 mil paraibanos deverão ser surpreendidos por novos casos de neoplasias, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Muitas dessas pessoas recorrerão ao tratamento oferecido pelo Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa. É sobre essa realidade que representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e da instituição filantrópica discutiram, durante reunião, na manhã desta segunda-feira (29/10). O encontro teve o objetivo de construir uma parceria em torno da 2ª Corrida do Bem, que acontecerá no dia 9 de dezembro, na Capital, podendo entrar na programação da Semana do Ministério Público.
O procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, recebeu o diretor técnico do Hospital Laureano, Fernando Carvalho, juntamente com os promotores de Justiça, Amadeus Lopes e Cristiana Vasconcelos. O assessor de Marketing da instituição filantrópica também acompanhou a visita, mostrando como foi a última edição do evento. “Com certeza, a Corrida do Bem é um evento de grande relevo e desempenha um papel importante para alertar a sociedade para o combate ao câncer”, destacou o Seráphico.
Ele explicou que, havia uma disposição do MPPB e do Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB) de realizar um evento semelhante nessa data (9/12), como parte das atividades da Semana do Ministério Público e também em alusão ao Dia Internacional de Combate à Corrupção. Mas, como a programação do Laureano já estava consolidada, começou-se a projetar uma possível soma de esforços para apoiar a causa da instituição, que é referência no combate ao câncer, aproveitando o espaço para se fazer um trabalho educativo e de aproximação com o público da corrida. As duas instituições vão manter contato para avaliarem que ações concretas poderiam ser desenvolvidas conjuntamente.
Fernando Carvalho ficou muito satisfeito com a possibilidade de ter o apoio do MPPB. “Foi uma reunião excelente. Ter o Ministério Público como parceiro é um ganho muito grande para o evento. A corrida ajuda arrecadando fundos para o hospital, mas o mais importante que eu acho desse evento é que, através dele, a sociedade toma conhecimento do trabalho feito no hospital”, disse, destacando que o repasse do SUS à entidade, que nunca foi suficiente, é o mesmo há quatro anos, apesar do aumento de pacientes e dos insumos, e que, por isso, o hospital precisa do apoio de parceiros e da sociedade.
De acordo com Fernando, o hospital realiza, diariamente (de segunda a sexta-feira), uma média de 400 atendimentos a pacientes no ambulatório, outros 100 na quimioterapia, 180 aplicações de radioterapia e 25 cirurgias oncológicas. Segundo ele, aproximadamente, 70% dos casos de câncer diagnosticados no Estado com tratamento pelo SUS são atendidos no hospital.
