Nas eleições, o PSL e militares eleitos fortalecem a bancada de bolsonaro; Caso seja eleito

O grupo de parlamentares  que são da base de Jair Bolsonaro teve um crescimento de ao menos 71% no congresso nacional, com a eleição de deputados e senadores oriundos do meio militar e de políticos filiados ao PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, defensor de pautas ligadas à bancada.

Segundo levantamento da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), que acompanha a atuação da bancada, dos atuais 21 parlamentares que representam os interesses de profissionais que atuam nas polícias militar e civil e nas Forças Armadas, o bloco passou a uma composição de 36 integrantes, sendo 32 deputados federais e quatro senadores, considerando eleitos e reeleitos na eleição deste ano.

Além de atuar na defesa dos interesses das categorias que representa, a bancada também defende pautas como o endurecimento da legislação penal, processual penal e de execuções penais, a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, e a mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para ampliar o período de internação nos casos de crimes hediondos para acima dos três anos. O grupo tem o apoio da indústria de armas, como a Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), grandes financiadoras de campanhas de políticos e partidos nas eleições de 2014, quando ainda eram permitidas as doações de empresas a campanhas eleitorais.

Junto aos parlamentares diretamente ligados às carreiras militares, o alto número de deputados eleitos pelo PSL também ajudará a engrossar as fileiras da bancada. A representação do partido na Câmara dos Deputados passará de nove deputados eleitos em 2014 para 52 eleitos neste ano. Para o Senado, a sigla elegeu quatro nomes.

O PSL teve um grande aumento no número de candidatos depois que o presidenciável Jair Bolsonaro escolheu o partido para lançar sua candidatura à Presidência da República. Deputado pelo Rio de Janeiro, o militar da reserva é um dos integrantes da “bancada da bala” na Câmara e defensor das pautas do grupo. Os deputados e senadores eleitos pelo partido tendem a apoiar as mesmas causas.

Para o deputado federal Rogério Peninha (MDB-SC), autor do projeto de lei 3.722 de 2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento, com a nova composição da Câmara aumenta a possibilidade de sua proposta ser aprovada. “Principalmente por ser também uma ideia e vontade do Jair Bolsonaro”, conclui Peninha, apostando na vitória do candidato no segundo turno.

Leia abaixo a lista de senadores e deputados eleitos oriundos das polícias militar e civil e das Forças Armadas:

Senadores
1. Major Olímpio (PSL–SP)
2. Capitão Styvenson (Rede-RN)
3. Delegado Alessandro Vieira (Rede-SE)
4. Fabiano Contarato (Rede-ES)
Deputados Federais
1. Capitão Augusto (PR-SP)
2. Tenente Derrite (PP-SP)
3. Coronel Tadeu (PSL-SP)
4. General Peternelli (PSL-SP)
5. Sargento Abou Anni (PSL-SP)
6. Cabo Kátia Sastre (PR-SP)
7. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
8. Coronel Armando (PSL-SC)
9. Sargento Fahur (PSD-PR)
10. Cabo Junio Amaral (PSL-MG)
11. Subtenente Gonzaga (PDT-MG)
12. Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG)
13. Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ)
14. Sargento Gurgel (PSL-RJ)
15. Major Fabiana (PSL-RJ)
16. Felício Laterça (PSL-RJ)
17. Delegado Waldir (PSL-GO)
18. Major Vitor Hugo (PSL-GO)
19. Delegado João Campos (PRB-GO)
20. Delegado Pablo (PSL-AM)
21. Capitão Alberto Neto (PRB-AM)
22. Coronel Chrisóstomo (PSL-RO)
23. Delegado Éder Mauro (PSD-PA)
24. General Girão (PSL-RN)
25. Capitão Fábio Abreu (PR-PI)
26. Capitão Wagner (Pros-CE)
27. Pastor Sargento Isidoro (Avante-BA)
28. Nicoletti (PSL-RR)
29. Fábio Henrique (PDT-SE)
30. José Medeiros (Podemos-MT)
31. Sanderson (PSL-RS)
32. Aluisio Mendes (Podemos-MA)

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