O juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz, da 2ª Vara Criminal de João Pessoa recebeu, na quinta-feira (20), a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), quatro irmãos, e mais três pessoas, em acusação de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no âmbito da Operação Calvário.
A ação implica o ex-governador, e seus irmãos Coriolano Coutinho, Viviane Coutinho, Valéria Coutinho, Raquel Vieira Coutinho, além de mais outras três pessoas, Denise Krummenauer Pahim, Breno Dornelles Pahim Filho, Breno Dornelles Pahim Neto.
De acordo com a denúncia, ainda foram identificados ‘sócios-laranjas’ figurando nos quadros das empresas criadas na colaboração entre as famílias. Estes ‘laranjas’ teriam como objetivo servir como resguardo para os demais integrantes da empresa criminosa. O Gaeco pede o pagamento de R$ 3.376.268,31 a título de reparação de danos.
O Gaeco aponta ainda para o fato de que a família Coutinho apresentou uma expansão de seu patrimônio considerada atípica e desproporcional durante o governo de Ricardo, destacando ainda sua origem humilde e considerando que é composta de forma massiva por servidores públicos.
Para embasar a denúncia, foram utilizadas análises do sigilo fiscal e bancário dos envolvidos, o que leva a perceber um expressivo aumento nas movimentações. Também foram analisados Relatórios de Inteligência Financeira do COAF.
A denúncia destrincha uma série de transações entre membros da família Coutinho, como empréstimos, vendas entre si, investimentos em supostas propriedades dos irmãos, filhos e sobrinhos. Estas movimentações financeiras teriam como centro o ex-governador Ricardo Coutinho.
Com informações do ClickPB