A política paraibana já respira 2026. Mesmo faltando mais de um ano para a disputa oficial, os bastidores fervem e os nomes que se colocam à mesa são de peso, capazes de redesenhar o tabuleiro eleitoral do Estado. O que se desenha é uma novela política com capítulos de suspense, alianças em construção e apostas ousadas — novela essa que só terá fim na noite da apuração dos votos.
Entre os protagonistas, um nome se impõe com a velocidade e a força de um foguete: Efraim Filho. Desde que conquistou a cadeira no Senado Federal, ele vem consolidando sua imagem como uma das maiores lideranças da oposição no Estado. O “foguete de Efraim” não apenas decolou — como gosta de dizer sua militância — mas manteve-se em alta órbita, ganhando visibilidade nacional e atraindo apoios estratégicos. O aval do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro sedimenta a sua posição como representante maior da direita na Paraíba, o que o coloca em rota de colisão direta com qualquer outro projeto político que tente dialogar com esse segmento.
De outro lado, Adriano Galdino, atual presidente da Assembleia Legislativa, vem se firmando como a principal aposta do campo governista. Dono de uma habilidade política reconhecida até por adversários, Galdino se posiciona como o “nome de Lula na Paraíba”. O apoio de lideranças ligadas ao PT, como a ex-deputada Estela Bezerra e o vereador Marcos Henriques, reforça essa identidade e lhe confere musculatura. Galdino tem construído um alicerce sólido, somando apoios, ampliando espaços e, principalmente, se firmando como uma voz de equilíbrio para manter unida a base do presidente Lula no Estado.
Nesse embate de titãs, o nome do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, surge como peça-chave. Experiente, respeitado e reconhecido por sua habilidade conciliadora, Cícero é visto como um ator político de primeira grandeza. Sua força eleitoral, especialmente na capital, é incontestável, e isso o torna um fator decisivo na equação de 2026. Sem dúvida, sua posição poderá definir rumos, alianças e até mesmo candidaturas.
Já o vice-governador Lucas Ribeiro tenta se consolidar como pré-candidato, buscando espaço nesse tabuleiro complexo. Herdeiro político de uma tradição importante no Estado, Lucas tem trabalhado para se firmar como alternativa, mas enfrenta um dilema: a sombra política de Cícero Lucena. Sem o apoio ou pelo menos a neutralidade do prefeito pessoense, sua caminhada se torna mais árdua.
Portanto, a disputa de 2026 na Paraíba se desenha em torno de quatro grandes polos: o foguete oposicionista de Efraim Filho, a fortaleza lulista de Adriano Galdino, a força conciliadora de Cícero Lucena e a tentativa de ascensão de Lucas Ribeiro. É um cenário que promete capítulos de tensão, reviravoltas e articulações intensas até o último minuto.
Se há algo certo, é que o eleitor paraibano será testemunha de um dos embates mais instigantes da história recente do Estado — uma disputa em que cada passo, cada gesto e cada declaração poderão ser determinantes para o desfecho dessa novela política.







