Perseguição ao Cidadão? PREFEITURA DE GUARABIRA PROÍBE ARTESÃO E ESPOSA DE EXPOR SUA ARTE

 

Logo a Prefeitura de Guarabira, o pior exemplo estadual de combate ao Covid-19, que na contra-mão do mundo, abriu as portas do comércio local e não combateu corretamente a pandemia em seu início, escolhe um popular que tenta ganhar a vida com a sua arte, para ser o “boi de piranha” da vez, para talvez, servir de exemplo no combate a pandemia do Covid-19?

Logo o Secretário de Alcides Camilo do Meio Ambiente e do acumulo de um monte de coisas e que, quase sempre não consegue resolver o monte de atribuições. Em um município de porte médio como Guarabira, ainda termos um sistema administrativo que não entende a importância das áreas, deixando para a Secretaria de Meio Ambiente, o papel de proibir artesões que tentam ganhar a sua vida em plena pandemia.

Me refiro ao Artesão guarabirense Emanuel Pereira Leal (Neneo) e sua companheira Ingrid Priscila Martinez Catalán, também artesã e de nacionalidade chilena.

Neneo, sua companheira Ingri Catalã são pessoas conhecidas, principalmente pelo seu trabalho artístico. Eles foram surpreendidos por um comunicado escrito e assinado pelo Secretário .

O mais absurdo desse Comunicado é a proibição dos artesões em expor, divulgar ou vender seus trabalhos de arte em plena Pandemia.

Olhem que o secretário recorre ao Código de Postura Urbana do município, que parece, só proíbe o cidadão pequeno, em especifico de comercializar seus produtos nas ruas e praças do município, quando as praças e ruas de Guarabira estão e sempre estiveram cheias de comerciantes informais, que vendem de maneira fixa, todos os tipos de mercadorias, inclusive bebidas alcoólicas e alimentos perecíveis.

Como expliquei, o casal vende objetos artesanais, pulseiras, brincos, colares, pequenos artesanatos, feitos pelas próprias mãos e que em nada, prejudicam.

O mesmo recebeu um documento da Prefeitura de Guarabira, lhes ameaçando de confisco dos seus produtos e a proibição de trabalho. Os artesões Neneo e Priscila estão surpreendidos com esse ato, inclusive, vago, não direcionado a ninguém em especifico e nem tão pouco datado.

Pergunto, qual a validade deste documento, diante de uma pandemia, em que milhões de brasileiros perderam seus empregos, milhares de pessoas já morreram e milhões contrairam o Covid-19.

Qual é a moral e a ética do poder executivo de Guarabira, para proibir um simples artesão local, quando desde o começo da pandemia , acompanhamos o caos urbano dessa cidade, com comércio aberto e todos os tipos de irregularidades em plena via pública? Inclusive o caos de obras que duram anos e desorganizam o espaço urbano. De qual estética o documento fala? Senhor Prefeito Marcus Diogo (PSDB) pré-candidato a prefeito de Guarabira, espero que o Senhor desconheça esse comunicado e chame o feito a ordem, pois parece até perseguição ao cidadão.

Se existe algum incomodo do poder público com este artesão, sugiro que conversem com ele, antes de uma ação drástica com essa de proibir deu Direito ao trabalho digno, quando não proíbe outros que, informalmente exercem o trabalho e olhem que aqui em Guarabira são muitos.

Guarabira não é o melhor exemplo nessa matéria. Já nos basta os “milhões de Mega Hotes” de som constantemente propagado nesta cidade, causando uma poluição sonora semelhante a de metrópoles brasileiras.

Há um mês, fui a farmácia comprar medicamentos e encontrei o artesão Neneo. Lhe comprei essa obra de arte, em forma de espada, para contribuir com seu trabalho de arte.

Ainda ganhei essa pequena tarântula de arame como brinde. Neneo é uma pessoa do bem, Ingrid uma chilena maravilhosa em nossa terra. Estes artistas deveriam ser mais valorizados e não tratados dessa maneira.

Muitos talvez nem saibam, mas Emanuel Pereira Leal e sua esposa,  com a sua arte já percorreram mais de quatro países e todos os estados brasileiros. Os mesmos, carregam consigo, os documentos nacionais de identidade como artesões.

Por acaso, ele é cidadão guarabirense, nascido e criado nesta cidade e, justamente aqui, ele recebe um comunicado oficial de uma agente público o proibindo de trabalhar.Emanuel Pereira Leal  nos explicou que, quando a Pandemia começou, casualmente, estava em Guarabira e aqui teve que ficar e até respeitou a quarentena, mas desde que foram liberadas as atividades comerciais, ele e sua esposa, seguindo todas as exigências  de higienização e distanciamento, voltou a expor e divulgar a sua arte. Por isso, viu com estranheza esse comunicado escrito, além da ordem oral, expressa pelo agente público, de que ele não poderia mais, nem expor e nem vender sua arte aqui, nas ruas e praças de Guarabira.

Logo Guarabira que foi quem primeiro descumpri-o as orientações da OMS e as orientações estaduais, de isolamento social. Agora temos o maior percentual estadual de casos e o terceiro maior numero de casos da Paraíba.

Se Neneo não pode mais comercializar o seu trabalho, nem tão pouco a sua esposa, pergunto: A prefeitura vai garantir alguma ajuda financeira para os mesmos, enquanto durar a pandemia?

Se eles foram proibidos de trabalhar informalmente em Guarabira, o mesmo vai ocorrer com todos os artesões, camelôs e outros trabalhadores informais de Guarabira? Agora estamos diante do maior dilema, se Emanuel Pereira Leal , cidadão guarabirense, artesão reconhecido, não pode mais comercializar em Guarabira, ele precisa se exiliar daqui, pois pelo visto, ele não é bem vindo a sua própria cidade. “Sem o seu trabalho, um homem não tem hora e sem a sua honra, se mata, se morre” (Raimundo Fagner).

Esperamos que esse mal comunicada seja um mal entendido, pois Emanuel Pereira Leal  tem autorização do Ministério do Turismo para atuar em todo o território brasileiro e com esse documento ele também atua em todos os países do Mercosul. Então, errar é humano e esperamos que esse erro seja consertado em tempo. Vejam o documento genérico que os mesmos receberam da Prefeitura de Guarabira, através de sua Secretaria de Meio Ambiente…

Guarabira, quarta-feira, 19 de agosto de 2020.

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