O Senador Diego Tavares, que participou, nesta segunda-feira (14), da sessão semipresencial da Comissão de Relações Exteriores (CRE) que sabatinou e aprovou indicados para diversas embaixadas brasileiras espalhadas pelo mundo, questionou Fabio Mendes Marzano, indicado para a delegação permanente em Genebra, na Suiça, sobre as negociações do governo brasileiros com o Covax Facility, consórcio mundial que visa impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, co-liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que já conta com o aval do Senado para liberação de R$ 2,5 bilhões para aquisição do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde.
Tavares também foi relator da indicação de Renan Leite Paes Barreto para embaixador na República Dominicana e chegou a presidir a sessão por alguns momentos em substituição ao presidente, senador Nelsinho Trad, do PSD do Mato Grosso do Sul.
O senador paraibano ouviu o relato do indicado para a delegação permanente em Genebra, na Suiça, país sede da OMS, “que o sucesso das imunizações dependerá de questões como os níveis de confiabilidade e a capacidade de produção”. Ele informou que um dos objetivos da missão em Genebra é acompanhar de perto o processo.
Tavares agradeceu as informações prestadas por Fabio Mendes Marzano, que teve sua indicação aprovado pela Comissão de Relações Exteriores, inclusive com o voto do parlamentar do Progressistas, que acrescentou a informação de que o Plenário do Senado fará uma sessão de debate temático semipresencial, nesta quinta-feira, dia 17, a partir das 10h, para discutir a apresentação do plano de vacinação, com a presença do Ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo. “O Senado Federal está assumindo o compromisso de ampliar com a sociedade o debate em torno dessa questão fundamental aos brasileiros”, emendou.
Com parecer do senador Diego Tavares, Renan Leite Paes Barreto foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE). Aposentado como ministro de primeira classe do Quadro Especial da Carreira de Diplomata, Renan Leite ingressou na carreira em 1975, após concluir o curso de preparação da carreira diplomática. Ele já havia se graduado em direito, em 1973, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O indicado já serviu nas embaixadas do Brasil em Paris, Londres, Santiago e Guatemala, bem como nos Consulados-Gerais em Nova York, Lisboa, Milão e Madri.
O diplomata participou presencialmente da sabatina. Disse que, se tiver o nome confirmado pelo Senado, levará à frente projetos já em andamento entre os dois países e trabalhará para atrair instituições como a Embrapa para esses projetos. “O Brasil não pode desconsiderar que tem uma dimensão caribenha. O Norte do país, em toda a sua formação geométrica e demográfica, deve ser considerado. O Brasil tem tudo para se aproximar mais da América Central e exercer o papel que lhe cabe como destino manifesto, que são a paz, a liberdade e a fraternidade entre os demais países”, atestou.
Outras indicações
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou outras indicações do presidente da República, Jair Bolsonaro, para embaixadas no exterior. Fernando Estellita Lins de Salvo Coimbra representará o Brasil no México; Ligia Maria Scherer, em Omã; Nei Futuro Bitencourt, no Togo; José Marcos Nogueira Viana, no Gabão; e Elza Moreira Marcelino de Castro, na Jamaica; Ánuar Nahes, em Santa Lúcia; Enio Cordeiro, Noruega e na Islândia; José Borges dos Santos Júnior, embaixador na Tailândia, cumulativamente no Camboja e no Laos; Mauricio Carvalho Lyrio, Austrália; Silvio Albuquerque e Silva, Quênia e, cumulativamente, em Ruanda, Uganda, Burundi e na Somália; Eduardo Prisco Paraíso Ramos, Eslovênia; e Maria-Theresa Lazaro, Tunísia.
Acordos Internacionais
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou sete acordos internacionais nesta segunda-feira (14). Os textos serão transformados em projetos de decreto legislativo e seguem para avaliação em Plenário, em regime de urgência.
Os acordos firmados foram com os seguintes países: Emirados Arábes, Suiça, Cingapura, República Dominicana e Guatemala. A Comissão de Relações Exteriores aprovou texto do acordo para a instalação e funcionamento de escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil (PDL 242/2019).
A comissão também aprovou um requerimento da senadora Kátia Abreu (PP-TO), a ser enviado ao Itamaraty, com pedido de informações sobre as embaixadas brasileiras instaladas ao redor do mundo.