Taxa de transmissibilidade em Campina Grande é mais alta do Estado e secretário pede explicações

 

O secretário Estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, comentou em entrevista coletiva no fim da manhã desta terça-feira (9), que a taxa de transmissibilidade da Covid-19 em Campina Grande é a mais alta do estado. Ele também adiantou algumas medidas que estarão presentes no novo decreto a ser publicado ainda nesta terça e destacou que vai pedir explicações à secretaria de Saúde do município a respeito dos leitos no Hospital Pedro I.

 

Entre as medidas que deverão constar no novo decreto, o secretário afirmou que está sendo estudada a alternância de horários de diversos setores para evitar aglomerações nos transportes, medida que já foi citada pelo governador João Azevêdo. Além disso, Medeiros ainda afirmou que está em estudos medidas mais duras de restrição em alguns segmentos nos finais de semana.

 

O gestor da Saúde disse que existem apenas dois mecanismos capazes de vencer a Covid-19, que são o isolamento social, previsto no decreto, e a vacinação. Ele também criticou a forma como a distribuição das vacinas está sendo feita a “conta-gotas” e o tratamento precoce: “Não existe”, disse.

 

Transmissibilidade

“Campina Grande hoje tem a maior taxa de transmissibilidade: 1.15, o que significa que cada 100 contaminados transmitem para outros 115”, destacou o secretário. Segundo ele, essa taxa está ligada a ocupação de UTIs, letalidade, grau de isolamento domiciliar e progressão de novos casos.

 

Enquanto o prefeito, Bruno Cunha Lima (PSD), alegou que existem 39 leitos disponíveis no Hospital Pedro I, Medeiros expos o caso de um paciente do município de Boqueirão, que teria tentado internação nesta unidade de saúde, e a prefeitura teria informado que não havia UTIs disponíveis, contrariando o relatório apresentado. O secretário alegou que irá solicitar mais informações da secretaria municipal de saúde.

 

Bandeira Laranja

O secretário ainda comentou que espera que com a publicação do novo decreto, o prefeito cumpra as medidas. “Para que possamos conviver com harmonia, o objetivo maior é salvar vidas e evitar o adoecimento de paraibanos”, disse.

 

Medeiros ainda rebateu as informações de que a Paraíba teria diminuído a quantidade de leitos e informou que em maio de 2020, mês que foram registrados a maior quantidade de óbitos até então na Paraíba, o estado tinha 205 leitos de UTI e 470 de enfermaria, totalizando 675. Hoje são 398 de enfermaria e 516 de uti, totalizando 914 leitos.

 

 

 

Paraíba.com

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