TRF2 atende pedido do MPF e decretou prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Medida vai ser analisada pelo Plenário da Alerj

Atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) ordenou hoje (16) a prisão preventiva dos deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, investigados na Operação Cadeia Velha, deflagrada no último dia 14. A decisão, que será levada à análise do plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi tomada pela unanimidade da 1ª Seção Especializada do TRF2.

Na sessão, houve um consenso entre os cinco desembargadores de que a prisão dos parlamentares se justifica, como sustentado pelo relator do processo, desembargador federal Abel Gomes, para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução da ação penal. Em seu voto, o relator declarou que os “fatos se mostram concretamente graves e houve um beneficiamento do setor de transportes nas últimas três décadas”.

“A gente considera essa decisão história, importante e absolutamente necessária, porque o enfrentamento à criminalidade organizada no Rio precisa de decisões corajosas e que enxerguem a realidade dessa situação”, afirmou a procuradora regional da República Silvana Batini, do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção (NCCC) do MPF na 2a Região. “Estamos contentes, porque a decisão atende aos reclames da sociedade”.

Picciani, Melo e Albertassi são investigados por usar a estrutura da Alerj para a prática dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Para o MPF, eles se uniram na organização integrada ainda pelo ex-governador Sérgio Cabral. No pedido de prisão, o MPF narrou que os deputados receberam recursos da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) e da construtora Odebrecht para defender interesses de ambas na Alerj.

“Cabe agora à sociedade do estado do Rio ficar vigilante ao trabalho dos deputados, para fiscalizar se eles vão analisar a prisão decidida pelo Tribunal de acordo com o interesse público”, ressaltou o procurador regional Carlos Aguiar, coordenador do NCC/MPF na 2a Região e corresponsável pela Operação Cadeia Velha, após o julgamento.

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