O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação de Nobinho Almeida, Thiago Moraes e Edmilson Lopes no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura suposto abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024, em Esperança, no Agreste paraibano. O parecer, assinado pela promotora eleitoral Gláucia Maria de Carvalho Xavier, é favorável à procedência integral da ação e sustenta que houve utilização indevida da estrutura administrativa do município com finalidade eleitoral.
De acordo com o MPE, cerca de 96% dos contratos temporários teriam sido transferidos para uma empresa terceirizada, estratégia que, na avaliação do órgão, pode ter servido para manter uma estrutura de mão de obra vulnerável à influência política durante o período eleitoral. A manifestação ministerial também aponta irregularidades na contratação da empresa Alerta Serviços Ltda., incluindo dispensa de licitação sem comprovação de situação emergencial, falhas no controle da lotação dos funcionários e um crescimento considerado expressivo nas despesas com pessoal.
Relatório do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) reforça as suspeitas ao indicar que os gastos mensais com pessoal teriam ultrapassado a marca de R$ 3 milhões. Diante do conjunto de elementos, o Ministério Público sustenta que houve abuso de poder político e econômico, com impacto direto no equilíbrio do pleito, e requer, além da cassação dos investigados, a aplicação das sanções previstas na legislação eleitoral. O processo segue agora para análise e julgamento da Justiça Eleitoral da 19ª Zona Eleitoral de Esperança.







