A Operação Penalidade Máxima, coordenada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), resultou na prisão, na manhã desta quarta-feira (09), de um ex-árbitro de futebol suspeito de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados na Série B do Campeonato Brasileiro. A prisão foi confirmada pelo delegado Ademir Fernandes, da Polícia Civil da Paraíba, no bairro dos Funcionários II, em João Pessoa.
De acordo com informações, o suspeito já havia sido alvo da Operação Cartola, que investigou irregularidades no futebol paraibano, e agora retorna às investigações na nova operação, que visa desmantelar uma rede criminosa que manipula jogos de futebol para obter lucros ilícitos com apostas esportivas.
A Operação Penalidade Máxima investiga uma associação criminosa especializada em fraudar partidas de futebol, com a manipulação de lances estratégicos, como pênaltis, para garantir que as apostas sejam favorecidas. Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o grupo manipulou, pelo menos, três partidas da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. Os envolvidos convenciam jogadores a cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos, e cada atleta que participava do esquema recebia uma parte dos lucros obtidos com as apostas, com valores que poderiam ultrapassar R$ 150 mil por jogo. Ao todo, estima-se que o esquema tenha movimentado mais de R$ 600 mil.
A operação cumpre mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. As investigações continuam em andamento, visando identificar e responsabilizar todos os envolvidos na fraude.
Acesso Político